A ex-diretora da Anac Denise Abreu começou a depor na comissão de Infra-Estrutura do Senado. Pelo que se ouviu até agora, no preâmbulo em que explicou as suas motivações, a mulher está bem calma e segura do que vai falar na seqüência. Se ela de fato tem bala na agulha, saberemos em breve, mas que não se espere de Denise o estilo "não sei de nada" de outros depoentes em episódios recentes e escândalos anteriores. Não deixa de ser irônico que a oposição toda tenha pedido da cabeça da "charuteira" Denise quando ela era diretora da Anac: agora, tucanos e democratas só faltam estender o tapete vermelho para madame...
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
Blog do Nassif
ResponderExcluir11/06/08 09:21
Veja, a TAM e a Varig
Há um conjunto amplo de fatos nebulosos que podem ser explorados, aprofundados, explicados ou denunciados no caso Varig.
A revista Veja resolveu enveredar por uma linha nova: a “denúncia” de que os controladores da Varig recusaram uma proposta muito mais vantajosa da TAM, preferindo vender para a Gol.
Desafiada a mostrar os documentos, apresentou uma carta na qual a TAM, respondendo a uma proposta dos controladores da Varig, comunica o interesse em discutir a questão; anota que o preço pedido (não o ofertado) é de R$ 1,2 bi; e que as negociações teriam caráter não-vinculativo – isto é, que sua carta não era apenas uma manifestação de intenção, não uma proposta.
O que determina o valor de venda obviamente não é o que o vendedor propõe, mas o que o(s) comprador(es) está disposto a pagar. E a TAM faria uma proposta depois de analisar a situação da Varig.
Vários fatores influem no preço final:
1. Os dados de desempenho e o valor estratégico da companhia.
2. Os fatores de risco (jurídico, financeiro, trabalhista etc.)
3. A pressa do vendedor.
Era fato público que os controladores estavam com a corda no pescoço. E é fato público – a partir do comunicado da TAM – que ela considerou excessivos os riscos do negócio e preferiu não apresentar uma proposta formal. Assim, apenas a Gol ficou no páreo e acabou pagando um preço salgado – em comparação com o preço pago pelo fundo no leilão da Varig -, mas logicamente muito abaixo das pretensões dos vendedores.
Portanto, se a única prova da revista é a carta da TAM, a matéria relatada pela revista não se sustenta nos fatos.
enviada por Luis Nassif