Estão cada vez mais tensas e distantes as relações entre democratas e tucanos. Nas eleições de outubro, DEM e PSDB correrão separados no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, e muito provavelmente também em São Paulo. Ou seja, em nenhuma capital que de fato conta a aliança acontecerá. Mas muito pior é o que está ocorrendo no Rio Grande do Sul, onde o vice-governador democrata está desconstruindo, para usar um verbo bem ao gosto de José Serra, o governo da governadora tucana. Com amigos assim, essa gente não precisa de inimigos...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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