Este blogueiro ficou acordado até tarde na noite de ontem e acabou fazendo algo que não tem o hábito: assistir ao programa do apresentador Jô Soares. Faz tanto tempo que não via que já não se lembrava mais como são ruins as entrevistas conduzidas pelo talentoso ex-comediante.
Na primeira parte, Simone e Zélia Duncan aproveitaram muito bem o espaço para promover o show que estão fazendo no Rio de Janeiro. Jô tentou arrancar pequenas inconfidências, mas não chegou a ser constrangedor, em que pese o fato do apresentador conseguir sempre falar mais de si mesmo do que do tema de seus convidados. Desta vez ao menos ele deixou as duas cantarem três ou quatro músicas, poupando o telespectador de sua habitual egotrip.
Na segunda parte do programa, o convidado era Roberto Civita, o publisher da Editora Abril, que lá estava para falar dos 40 anos da revista Veja. Por mais incrível que possa parecer, Jô Soares simplesmente ignorou a pauta que realmente interessava e fez uma entrevista praticamente protocolar com o dono da Abril. Talvez nem a mulher de Civita, presente na platéia, teria realizado uma entrevista tão amena e tranqüila para o editor de Veja. Na única pergunta incômoda, Soares vez questão de anunciar que a questão seria "perniciosa" e inquiriu sobre a "grande barriga de Veja", na opinião de Civita. Como o editor não deu a resposta esperada e citou o caso PC Farias, Jô praticamente pediu desculpas para lembrar o célebre caso do Boimate, quando a revista caiu em um conto de primeiro de abril e publicou como matéria a brincadeira sobre a operação genética que teria unido um boi e um tomate. Civita não gostou muito de recordar esta barriga, mas sorriu amarelo e explicou o caso.
No resto do tempo, o que se viu foi o apresentador da Globo – que por sinal já trabalhou na Veja e fez questão de lembrar o ex-patrão sobre esta condição – atuando praticamente como assessor de imprensa de Roberto Civita, levantando a bola para o dono da Abril cortar. Não faltaram e nem foram economizados os elogios ao "papel heróico" do semanário durante o governo Collor, que Civita se vangloria de ter ajudado a derrubar. Neste momento, aliás, qualquer estudande de primeiro ano de jornalismo teria perguntado ao responsável pela publicação de Veja como ele vê e o que pensa das críticas que a revista recebe do grupo que hoje está no poder. Ou como anda a relação da Abril com o governo Lula. Afinal, tanta gente acha que Civita também quer derrubar este presidente, não é mesmo? Pois Jô Soares ignorou solenemente o tema – provavelmente a pedido da assessoria da Abril – e desviou o assunto, passando a falar das capas que poderiam ser derrubadas "se o Papa morrer" e das que de fato foram, como a que estampava o próprio apresentador – sim, a egotrip não tem hora para acabar...
Tudo somado, o afinado dueto de Simone e Zélia à parte, foram horas de sono perdidas. Ou minutos, a bem da verdade. Mas foi bom para lembrar: não vale mesmo a pena dormir mais tarde pelo Jô...
Na primeira parte, Simone e Zélia Duncan aproveitaram muito bem o espaço para promover o show que estão fazendo no Rio de Janeiro. Jô tentou arrancar pequenas inconfidências, mas não chegou a ser constrangedor, em que pese o fato do apresentador conseguir sempre falar mais de si mesmo do que do tema de seus convidados. Desta vez ao menos ele deixou as duas cantarem três ou quatro músicas, poupando o telespectador de sua habitual egotrip.
Na segunda parte do programa, o convidado era Roberto Civita, o publisher da Editora Abril, que lá estava para falar dos 40 anos da revista Veja. Por mais incrível que possa parecer, Jô Soares simplesmente ignorou a pauta que realmente interessava e fez uma entrevista praticamente protocolar com o dono da Abril. Talvez nem a mulher de Civita, presente na platéia, teria realizado uma entrevista tão amena e tranqüila para o editor de Veja. Na única pergunta incômoda, Soares vez questão de anunciar que a questão seria "perniciosa" e inquiriu sobre a "grande barriga de Veja", na opinião de Civita. Como o editor não deu a resposta esperada e citou o caso PC Farias, Jô praticamente pediu desculpas para lembrar o célebre caso do Boimate, quando a revista caiu em um conto de primeiro de abril e publicou como matéria a brincadeira sobre a operação genética que teria unido um boi e um tomate. Civita não gostou muito de recordar esta barriga, mas sorriu amarelo e explicou o caso.
No resto do tempo, o que se viu foi o apresentador da Globo – que por sinal já trabalhou na Veja e fez questão de lembrar o ex-patrão sobre esta condição – atuando praticamente como assessor de imprensa de Roberto Civita, levantando a bola para o dono da Abril cortar. Não faltaram e nem foram economizados os elogios ao "papel heróico" do semanário durante o governo Collor, que Civita se vangloria de ter ajudado a derrubar. Neste momento, aliás, qualquer estudande de primeiro ano de jornalismo teria perguntado ao responsável pela publicação de Veja como ele vê e o que pensa das críticas que a revista recebe do grupo que hoje está no poder. Ou como anda a relação da Abril com o governo Lula. Afinal, tanta gente acha que Civita também quer derrubar este presidente, não é mesmo? Pois Jô Soares ignorou solenemente o tema – provavelmente a pedido da assessoria da Abril – e desviou o assunto, passando a falar das capas que poderiam ser derrubadas "se o Papa morrer" e das que de fato foram, como a que estampava o próprio apresentador – sim, a egotrip não tem hora para acabar...
Tudo somado, o afinado dueto de Simone e Zélia à parte, foram horas de sono perdidas. Ou minutos, a bem da verdade. Mas foi bom para lembrar: não vale mesmo a pena dormir mais tarde pelo Jô...
Confessa ai.....você queria mesmo é ver a Simone.....
ResponderExcluirEle tem pelo menos dois "jornalistas" para fazer o trabalho sujo pra ele.
ResponderExcluirTriste é ver o Civita falar que derrubou o Collor com suas 13 capas e não lembrar das capas da revista para eleger o pŕoprio. Lembro ate hoje de uma capa "O caçador de Marajares".
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