A chiadeira da oposição será grande e a mídia deve amplificar as reclamações com o aumento de 2,9% do Produto Interno Bruto de 2006, anunciado hoje pelo IBGE. Na comparação com o resto da América Latina, especialmente, foi um resultado medíocre, mas o fato é que o Brasil vem crescendo acima de 2% desde 2004, após a quase recessão de 2003, quando o produto cresceu só 0,5%. Foram três anos seguidos de crescimento contínuo, portanto, e este dado é interessante se colocado em perspectiva: com média anual de crescimento de 2,6% nos 4 anos de mandato, o presidente Lula se reelegeu facilmente, alcançando 60% dos votos no ano passado.
É possível e até provável que a população agora se torne mais exigente com o desempenho da economia para o quadriênio que começa em 2007 e se quiser fazer o sucessor, Lula terá que suar a camisa e fazer o Brasil crescer a uma taxa superior a obtida no primeiro mandato. Não parece uma tarefa tão difícil assim, a permanecerem as boas condições gerais da economia mundial. Se o presidente quiser, pode inclusive aprofundar algumas mudanças até agora cosméticas na política econômica, especialmente no que diz respeito à velocidade da queda da taxa de juros.
Não havendo crise externa, porém, o mais provável é que o governo continue apostando na atual receita para fazer o Brasil crescer um pouco mais, mas não demais. O ministro Guido Mantega (Fazenda), tido como desenvolvimentista, já explicou que o País "não precisa" e nem tem condições de suportar uma taxa de crescimento chinesa. Lula já deve ter feito as contas: qualquer coisa entre 3% e 5% como média de crescimento anual neste próximo quadriênio já será suficiente para garantir a permanência de seu grupo político no Poder. Não parece tão difícil assim...
É possível e até provável que a população agora se torne mais exigente com o desempenho da economia para o quadriênio que começa em 2007 e se quiser fazer o sucessor, Lula terá que suar a camisa e fazer o Brasil crescer a uma taxa superior a obtida no primeiro mandato. Não parece uma tarefa tão difícil assim, a permanecerem as boas condições gerais da economia mundial. Se o presidente quiser, pode inclusive aprofundar algumas mudanças até agora cosméticas na política econômica, especialmente no que diz respeito à velocidade da queda da taxa de juros.
Não havendo crise externa, porém, o mais provável é que o governo continue apostando na atual receita para fazer o Brasil crescer um pouco mais, mas não demais. O ministro Guido Mantega (Fazenda), tido como desenvolvimentista, já explicou que o País "não precisa" e nem tem condições de suportar uma taxa de crescimento chinesa. Lula já deve ter feito as contas: qualquer coisa entre 3% e 5% como média de crescimento anual neste próximo quadriênio já será suficiente para garantir a permanência de seu grupo político no Poder. Não parece tão difícil assim...
O eleitor brasileiro nunca elegeu presidente olhando o PIB, mas o ganho de poder aquisitvo, do seu poder de compra.
ResponderExcluirE nos primeiros mandatos de FHC e Lula isso foi mais forte que o crescimento do PIB, por outros fatores.
A diferença é que no caso de FHC essa melhora ocorreu nos dois primeiros anos (queda da inflação), que ainda refletiu nas eleições de 98. Mas o segundo mandato já começou com queda acentuada na renda média e massa salarial. Fora o desemprego crescente.
No primeiro mandato de Lula, ao contrário, esse ganho se deu principalmente no final do mandato e tudo leva a crer que está aumentando nesse segundo mandato.
O resultado medíocre dio PIB ainda é consequencia de quase 10 anos de queda na massa salarial. Não se cresce sem renda. Crescimento é consequencia de políticas econômicas e não acontece por mágica.