O autor dessas mal traçadas escreveu ontem que não há crise no PT e que a imprensa está procurando criar intrigas no partido do presidente Lula. Isto não significa, porém, que não existam pontos de atrito entre as correntes petistas – como, aliás, sempre houve. Significa apenas que o PT nunca esteve tão coeso como hoje.
Apesar de tudo isto, há certos pontos que são especialmente sensíveis para a esquerda petista. A eventual nomeação de Delfim Netto para um ministério, por exemplo, é um deles. Valter Pomar, comandante da Articulação de Esquerda e secretário Nacional de Relações Internacionais do PT, contou a este blog que a nomeação de Delfim é "inadmissível". Pomar até aceita que Delfim tenha algum cargo de perfil consultivo e seja ouvido pelo presidente Lula, mas rejeita a presença no governo federal do ex-czar da economia no regime militar. O secretário petista reconhece que Delfim está hoje "à esquerda" de muita gente com assento no primeiro escalão do governo Lula, a começar pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, mas explica que o problema com Delfim é de caráter simbólico: segundo ele, o economista não era apenas um soldado dos militares, mas fazia parte do comando de um governo que torturou e matou militantes de esquerda – o avô de Valter, Pedro Pomar, foi um deles, abatido no massacre da Lapa, em 1976.
Lula tem o PT na mão, apaziguado. Se nomear Delfim, terá que mostrar mais uma vez a sua capacidade de convencimento no partido, porque irá decepcionar muita gente, conforme vocaliza Valter Pomar.
Apesar de tudo isto, há certos pontos que são especialmente sensíveis para a esquerda petista. A eventual nomeação de Delfim Netto para um ministério, por exemplo, é um deles. Valter Pomar, comandante da Articulação de Esquerda e secretário Nacional de Relações Internacionais do PT, contou a este blog que a nomeação de Delfim é "inadmissível". Pomar até aceita que Delfim tenha algum cargo de perfil consultivo e seja ouvido pelo presidente Lula, mas rejeita a presença no governo federal do ex-czar da economia no regime militar. O secretário petista reconhece que Delfim está hoje "à esquerda" de muita gente com assento no primeiro escalão do governo Lula, a começar pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, mas explica que o problema com Delfim é de caráter simbólico: segundo ele, o economista não era apenas um soldado dos militares, mas fazia parte do comando de um governo que torturou e matou militantes de esquerda – o avô de Valter, Pedro Pomar, foi um deles, abatido no massacre da Lapa, em 1976.
Lula tem o PT na mão, apaziguado. Se nomear Delfim, terá que mostrar mais uma vez a sua capacidade de convencimento no partido, porque irá decepcionar muita gente, conforme vocaliza Valter Pomar.
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