Abertura da Newsletter da LAM Comunicação nesta semana. Boa leitura e ótimo domingo a todos.
Tudo que acontece com o presidente dos Estados Unidos tem consequências para praticamente todo o planeta. O anúncio de que Donald Trump foi infectado pelo novo coronavírus, na sexta-feira (2/10), caiu como uma bomba não apenas no conturbado cenário eleitoral dos EUA, mas no mundo todo. Além da questão sobre a saúde do presidente, de 74 anos e com sobrepeso, ou seja, integrante do grupo de risco da doença, a questão que todos os analistas começaram a discutir imediatamente foi sobre o impacto deste novo cenário nas eleições americanas, marcadas para o dia 3 de novembro.
Trump foi hospitalizado no dia do anúncio da infecção e passará obrigatoriamente pela quarentena de 14 dias, ou seja, sua presença no próximo debate, marcado para 13 de outubro, já está descartada. Hoje, a única coisas que se pode dizer, com certeza, é que o presidente coronado abriu um cenário de muitas incertezas. No sábado, 3/10, a mídia bombava com informações desencontradas sobre o estado real de saúde de Trump: enquanto a Casa Branca garantia que ele estava se recuperando bem, fontes próximas à família vazam rumores de que a coisa não era bem assim e ele estaria enfrentando problemas.
E há leituras para todos os gostos, desde a velha e boa teoria conspiratória de que não se trata realmente de Covid, mas de uma encenação para criar um fato novo na eleição, que hoje favorece o democrata Joe Biden, até rumores de que na verdade Trump estaria reagindo muito mal, com risco de perder a vida.
Tudo somado, alguns fatos são inquestionáveis, o primeiro, já anunciado, inclusive, foi que Biden decidiu suspender toda a artilharia anti-Trump e passará a fazer campanha propositiva apenas. Isto já é uma boa notícia para o atual mandatário, que vinha sendo alvo de pesadas críticas por parte dos democratas. A ausência no próximo debate também favorece Trump, bem como o estado de comoção criado a partir de sua internação – só dá ele nas manchetes de jornais, posts nas redes sociais e nos programas de televisão.
Se a Covid-19 de Donald Trump terá o mesmo efeito que a facada tomada por Bolsonaro teve na campanha de 2018, só o tempo poderá dizer, mas a analogia cabe por diversos motivos. O mundo vai aguardar com muita ansiedade o desenrolar da próxima semana, decisiva para a recuperação do presidente americano. Provavelmente teremos dias tensos nos mercados financeiros e uma cobertura da mídia totalmente focada no que acontece no hospital militar em que Trump está internado e nas pesquisas de intenção de voto. O que acontecer nos próximos 15 dias será decisivo não apenas para os EUA, mas para o futuro do planeta como um todo. (por Luiz Antonio Magalhães em 3/10/20)
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