A epidemia de coronavírus está assustando o mundo e rendendo episódios dramáticos, como o relatado pela jornalista Maria Cristina Fernandes no Valor de sexta-feira, 7/1. E também mostra, nas palavras da colunista, que "a epidemia acabou por trazer de volta velhos estigmas que a China acreditava ter deixado para trás, como a de um país incapaz de padronizar normas sanitárias em seus mercados públicos. Aguçou ainda mais a rivalidade com os Estados Unidos. Num país em que a gripe da temporada já matou mais do que o corona vírus, o Departamento de Estado deu alerta máximo ao trânsito entre os dois países, com quarentena para os cidadãos que tiverem retornado da província de Hubei e veto à entrada de não cidadãos que tiverem passado recentemente pela China".
Artigo na íntegra, abaixo:
Faltavam três dias para o feriado do Ano Novo Chinês quando Renato Peneluppi Jr., ao constatar a recusa dos seus 40 funcionários de ir ao trabalho, entrou na internet para procurar uma passagem para deixar o país. A mais barata que encontrou o levaria de Wuhan para Phnom Penh, capital do Camboja. O voo da Lanmei Airlines estava marcado para um horário inabitual, 3h da manhã. No portão de embarque, foi informado que o voo, além de atrasado, corria o risco de não sair. Às 2h30 daquela madrugada o governo havia anunciado o bloqueio da cidade a ser concluído até as 10h daquele dia. O avião acabaria por decolar vazio, com não mais do que 40 pessoas, todas de máscara e isoladas umas das outras.
Foi assim que Renato se tornou o último brasileiro a deixar Wuhan antes do bloqueio da cidade no dia 23 de janeiro. Aos 38 anos, o paulista de São José de Campos, formado em direito pela PUC de Campinas, advogou por um ano antes de conseguir uma bolsa do governo chinês para a Universidade de Hust, em Wuhan, a mesma em que Ma Huateng, CEO da gigante tecnológica Tencent, estudou.
Ao fim do doutorado, Renato optou por permanecer na cidade, miolo da “China profunda” e sem a profusão de estrangeiros mais facilmente encontrados em Pequim, Xangai ou Shenzhen. Lá está há dez anos. Encravada no meio do país, Wuhan também lhe facilitaria o deslocamento pela China para acompanhar os clientes da empresa que acabaria por abrir. Cortada pelo Yangtzé, o terceiro maior rio do mundo, onde também fica a hidrelétrica de Três Gargantas, Wuhan foi ainda o epicentro da sublevação que derrubou a última dinastia, tornando-se a primeira capital da China republicana. De Wuhan, Renato gerencia os convênios que permitem a estudantes chineses que cumprir, nas férias de inverno ou verão, em seu país, créditos a serem aproveitados pelas universidades americanas que cursam.
A condição de “hub” acabou potencializando a propagação do vírus a partir de Wuhan para a China. A saga do empresário paulista com o corona vírus só não foi mais tumultuada porque os 200 alunos que sua empresa havia trazido para o programa de inverno já haviam voltado para os Estados Unidos quando o bloqueio foi anunciado.
Renato estava em férias, entre Israel e Jordânia, em dezembro, quando a noiva russa, Halina, estudante em Guangzhou, antigo Cantão, começou a receber as primeiras notícias do coronavírus em rede social. O reinício das aulas nas universidades havia sido adiado. Do Oriente Médio, Halina decidiu viajar direto para seu país, mas Renato voltou a Wuhan. No dia 16 de janeiro a empresa anteciparia a celebração do Ano Novo, tradicional feriado chinês em que as pessoas viajam para suas províncias e trocam presentes com parentes e amigos, festa que mais se aproxima do Natal brasileiro.
O empresário sentiu-se um alienígena ao desembarcar na cidade de máscara. As pessoas se afastavam dele no elevador e no metrô. De cada dez pessoas, uma usava máscara. Receoso, passou a andar de bicicleta em pleno inverno, quando as temperaturas caem a próximo de zero. Na festa, viu que a alienação se estendia aos funcionários e ao sócio chinês. Ninguém usava máscara. Entre os amigos da comunidade brasileira na cidade ninguém se ligara sobre o vírus e aqueles que estavam informados não davam a menor bola para a doença.
Quando a ficha caiu, o pavor tomou conta. No dia seguinte à festa, todos estavam de máscara. No dia 18, o sócio chegou com a informação de que a doença chegara ao Japão. No dia 21 todo mundo se recusou a ir trabalhar, o que precipitou sua saída do país. Ao chegar em Phnom Penh, Renato começou a ligar para os brasileiros de Wuhan. Muitos acordaram às 8h, 9h da manhã, quando já não havia tempo hábil para deixar a cidade. O metrô e os ônibus estavam lotados. Seria preferível abastecer suas casas de água e comida, a empreender uma tentativa desgastante e condenada ao fracasso de sair de uma cidade bloqueada.
Conseguiram fazer uma lista de 32 brasileiros, entre os quais, quatro crianças, e mandaram para a embaixada brasileira em Pequim. O diálogo ficou restrito, inicialmente, à equipe de plantão que respondia pela embaixada durante o feriado. Depois chegaram as pérolas do Brasil. “Não vamos colocar em risco nós aqui por uma família apenas” disse o presidente Jair Bolsonaro, referindo-se a uma família brasileira internada sob suspeita de estar infectada nas Filipinas por uma cepa do coronavírus.
Da reação inicial à decisão de mandar um avião da Força Aérea Brasileira para trazer os brasileiros da província de Hubei para uma quarentena em Goiás passou-se uma semana. Como a decisão de demitir José Vicente Santini, secretário-executivo da Casa Civil que requisitou um avião da FAB para levá-lo à India, não aplacou a reação nas redes sociais, o presidente resolveu acelerar a operação-retirada. Os funcionários da Embaixada começaram a ligar para cada brasileiro em área de risco, mas há pelo menos 22 que não querem deixar Wuhan.
Entre os 40 funcionários de Renato, todos chineses, nenhum saiu do país. Dois terços foram para as cidades onde moram os familiares. E esta é uma das razões pelas quais os bloqueios têm eficácia limitada. Em artigo na “The Lancet”, revista britânica de medicina, três professores de epidemiologia da Universidade de Hong Kong questionaram a eficácia do fechamento de Wuhan, visto que, no momento em que o bloqueio foi anunciado, um número significativo de casos já haviam sido notificados em grandes cidades, como Xangai, Pequim ou Shenzhen, e outros tantos poderiam estar em propagação em pequenos vilarejos de mais difícil monitoramento.
Passada a dificuldade encontrada para mobilizar os amigos sobre os riscos em curso, Renato conclui que, além da demora das autoridades de Wuhan em alertar sobre os primeiros casos, o espírito dos chineses nas semanas que antecedem o feriado de Ano Novo ajudou a aliená-los. É uma época em que todo mundo só pensa em como presentear a família e na viagem por vir.
A subnotificação inicial foi compensada por uma guerra de informações. O governo central e as administrações locais começaram a soltar cartas numeradas. A primeira informou sobre o fechamento. As subsequentes davam conta do prazo durante o qual as empresas permaneceriam fechadas e dos casos notificados, numa tentativa de balizar, a partir de informações oficiais, a cascata de números que passou a circular em redes sociais. Na manhã do dia 4, o governo de Xangai distribuiu um informe de oito páginas em que estende o feriado nas empresas até o dia 10 de fevereiro, à exceção de serviços essenciais, estabelece pena de três a sete anos de prisão para quem desobedecer as normas oficiais e institui as regras para pagamento dos dias parados.
A iniciativa foi vista como uma tentativa de o governo não incorrer nos mesmos erros que marcaram a epidemia de 2003, quando a falta de transparência contribuiu para o vírus se espalhar por 37 países, com 8 mil casos e quase 800 mortes. Os números sobre os quais não há disputa entre especialistas são os que demonstram que, apesar de ter se espraiado muito mais rapidamente do que a epidemia de 2003, a do coronavírus é menos letal.
Quando o prefeito de Wuhan, Zhou Xianwang, e o secretário local do Partido Comunista, Ma Guoqiang, reconheceram o erro da lentidão de sua resposta inicial, já haviam, informalmente, perdido o poder. O presidente Xi Jiping assumiu a reação numa tentativa de servir uma limonada açucarada a partir do ácido cenário que enfrentou nessa virada de ano: um acordo comercial com os Estados Unidos menos favorável aos interesses chineses do que se pretendia; um acordo entre a Huawei e o Reino Unido igualmente aquém de suas pretensões de chegar ao coração do sistema operacional; e, finalmente, o vírus.
A epidemia acabou por trazer de volta velhos estigmas que a China acreditava ter deixado para trás, como a de um país incapaz de padronizar normas sanitárias em seus mercados públicos. Aguçou ainda mais a rivalidade com os Estados Unidos. Num país em que a gripe da temporada já matou mais do que o corona vírus, o Departamento de Estado deu alerta máximo ao trânsito entre os dois países, com quarentena para os cidadãos que tiverem retornado da província de Hubei e veto à entrada de não cidadãos que tiverem passado recentemente pela China.
A resposta de Xi Jiping se assemelha à da guerra epidemiológica prevista no documentário “Epidemia”, lançado pela Netflix no dia 22 de janeiro, cujas cenas iniciais sobre a grande gripe de 1918, quando morreram 50 milhões em todo o mundo, remetem para o alerta: “Não se trata de perguntar se uma repetição daquela epidemia hoje, com mortes na casa das centenas de milhões, vai acontecer, mas quando”.
Na última terça-feira, um brasileiro residente em Pequim teve sua temperatura medida quatro vezes por agentes da vigilância sanitária: ao deixar seu prédio, ao entrar no estacionamento de um shopping, ao andar por um outro estabelecimento público e ao voltar para seu prédio. Além de construir hospitais em tempo recorde, montar um intenso esquema de vigilância e propagar o espírito de coletividade do povo chinês, que evita sair para não gastar máscaras, o governo de Xi Jiping terá que se provar capaz de desfazer as previsões mais catastróficas sobre o impacto do vírus sobre a economia chinesa.
Na empresa de Renato, 100% das atividades foram paralisadas num momento em que se iniciavam os contatos com as instituições que abrigariam alunos durante as férias de verão no Hemisfério Norte. Da Rússia, aguarda o desbloqueio de Wuhan para voltar à empresa em que a única vítima, até agora, é a produtividade.
Maria Cristina Fernandes, jornalista do 'Valor', escreve neste espaço quinzenalmente
Artigo na íntegra, abaixo:
Foi assim que Renato se tornou o último brasileiro a deixar Wuhan antes do bloqueio da cidade no dia 23 de janeiro. Aos 38 anos, o paulista de São José de Campos, formado em direito pela PUC de Campinas, advogou por um ano antes de conseguir uma bolsa do governo chinês para a Universidade de Hust, em Wuhan, a mesma em que Ma Huateng, CEO da gigante tecnológica Tencent, estudou.
Ao fim do doutorado, Renato optou por permanecer na cidade, miolo da “China profunda” e sem a profusão de estrangeiros mais facilmente encontrados em Pequim, Xangai ou Shenzhen. Lá está há dez anos. Encravada no meio do país, Wuhan também lhe facilitaria o deslocamento pela China para acompanhar os clientes da empresa que acabaria por abrir. Cortada pelo Yangtzé, o terceiro maior rio do mundo, onde também fica a hidrelétrica de Três Gargantas, Wuhan foi ainda o epicentro da sublevação que derrubou a última dinastia, tornando-se a primeira capital da China republicana. De Wuhan, Renato gerencia os convênios que permitem a estudantes chineses que cumprir, nas férias de inverno ou verão, em seu país, créditos a serem aproveitados pelas universidades americanas que cursam.
A condição de “hub” acabou potencializando a propagação do vírus a partir de Wuhan para a China. A saga do empresário paulista com o corona vírus só não foi mais tumultuada porque os 200 alunos que sua empresa havia trazido para o programa de inverno já haviam voltado para os Estados Unidos quando o bloqueio foi anunciado.
Renato estava em férias, entre Israel e Jordânia, em dezembro, quando a noiva russa, Halina, estudante em Guangzhou, antigo Cantão, começou a receber as primeiras notícias do coronavírus em rede social. O reinício das aulas nas universidades havia sido adiado. Do Oriente Médio, Halina decidiu viajar direto para seu país, mas Renato voltou a Wuhan. No dia 16 de janeiro a empresa anteciparia a celebração do Ano Novo, tradicional feriado chinês em que as pessoas viajam para suas províncias e trocam presentes com parentes e amigos, festa que mais se aproxima do Natal brasileiro.
O empresário sentiu-se um alienígena ao desembarcar na cidade de máscara. As pessoas se afastavam dele no elevador e no metrô. De cada dez pessoas, uma usava máscara. Receoso, passou a andar de bicicleta em pleno inverno, quando as temperaturas caem a próximo de zero. Na festa, viu que a alienação se estendia aos funcionários e ao sócio chinês. Ninguém usava máscara. Entre os amigos da comunidade brasileira na cidade ninguém se ligara sobre o vírus e aqueles que estavam informados não davam a menor bola para a doença.
Quando a ficha caiu, o pavor tomou conta. No dia seguinte à festa, todos estavam de máscara. No dia 18, o sócio chegou com a informação de que a doença chegara ao Japão. No dia 21 todo mundo se recusou a ir trabalhar, o que precipitou sua saída do país. Ao chegar em Phnom Penh, Renato começou a ligar para os brasileiros de Wuhan. Muitos acordaram às 8h, 9h da manhã, quando já não havia tempo hábil para deixar a cidade. O metrô e os ônibus estavam lotados. Seria preferível abastecer suas casas de água e comida, a empreender uma tentativa desgastante e condenada ao fracasso de sair de uma cidade bloqueada.
Conseguiram fazer uma lista de 32 brasileiros, entre os quais, quatro crianças, e mandaram para a embaixada brasileira em Pequim. O diálogo ficou restrito, inicialmente, à equipe de plantão que respondia pela embaixada durante o feriado. Depois chegaram as pérolas do Brasil. “Não vamos colocar em risco nós aqui por uma família apenas” disse o presidente Jair Bolsonaro, referindo-se a uma família brasileira internada sob suspeita de estar infectada nas Filipinas por uma cepa do coronavírus.
Da reação inicial à decisão de mandar um avião da Força Aérea Brasileira para trazer os brasileiros da província de Hubei para uma quarentena em Goiás passou-se uma semana. Como a decisão de demitir José Vicente Santini, secretário-executivo da Casa Civil que requisitou um avião da FAB para levá-lo à India, não aplacou a reação nas redes sociais, o presidente resolveu acelerar a operação-retirada. Os funcionários da Embaixada começaram a ligar para cada brasileiro em área de risco, mas há pelo menos 22 que não querem deixar Wuhan.
Entre os 40 funcionários de Renato, todos chineses, nenhum saiu do país. Dois terços foram para as cidades onde moram os familiares. E esta é uma das razões pelas quais os bloqueios têm eficácia limitada. Em artigo na “The Lancet”, revista britânica de medicina, três professores de epidemiologia da Universidade de Hong Kong questionaram a eficácia do fechamento de Wuhan, visto que, no momento em que o bloqueio foi anunciado, um número significativo de casos já haviam sido notificados em grandes cidades, como Xangai, Pequim ou Shenzhen, e outros tantos poderiam estar em propagação em pequenos vilarejos de mais difícil monitoramento.
Passada a dificuldade encontrada para mobilizar os amigos sobre os riscos em curso, Renato conclui que, além da demora das autoridades de Wuhan em alertar sobre os primeiros casos, o espírito dos chineses nas semanas que antecedem o feriado de Ano Novo ajudou a aliená-los. É uma época em que todo mundo só pensa em como presentear a família e na viagem por vir.
A subnotificação inicial foi compensada por uma guerra de informações. O governo central e as administrações locais começaram a soltar cartas numeradas. A primeira informou sobre o fechamento. As subsequentes davam conta do prazo durante o qual as empresas permaneceriam fechadas e dos casos notificados, numa tentativa de balizar, a partir de informações oficiais, a cascata de números que passou a circular em redes sociais. Na manhã do dia 4, o governo de Xangai distribuiu um informe de oito páginas em que estende o feriado nas empresas até o dia 10 de fevereiro, à exceção de serviços essenciais, estabelece pena de três a sete anos de prisão para quem desobedecer as normas oficiais e institui as regras para pagamento dos dias parados.
A iniciativa foi vista como uma tentativa de o governo não incorrer nos mesmos erros que marcaram a epidemia de 2003, quando a falta de transparência contribuiu para o vírus se espalhar por 37 países, com 8 mil casos e quase 800 mortes. Os números sobre os quais não há disputa entre especialistas são os que demonstram que, apesar de ter se espraiado muito mais rapidamente do que a epidemia de 2003, a do coronavírus é menos letal.
Quando o prefeito de Wuhan, Zhou Xianwang, e o secretário local do Partido Comunista, Ma Guoqiang, reconheceram o erro da lentidão de sua resposta inicial, já haviam, informalmente, perdido o poder. O presidente Xi Jiping assumiu a reação numa tentativa de servir uma limonada açucarada a partir do ácido cenário que enfrentou nessa virada de ano: um acordo comercial com os Estados Unidos menos favorável aos interesses chineses do que se pretendia; um acordo entre a Huawei e o Reino Unido igualmente aquém de suas pretensões de chegar ao coração do sistema operacional; e, finalmente, o vírus.
A epidemia acabou por trazer de volta velhos estigmas que a China acreditava ter deixado para trás, como a de um país incapaz de padronizar normas sanitárias em seus mercados públicos. Aguçou ainda mais a rivalidade com os Estados Unidos. Num país em que a gripe da temporada já matou mais do que o corona vírus, o Departamento de Estado deu alerta máximo ao trânsito entre os dois países, com quarentena para os cidadãos que tiverem retornado da província de Hubei e veto à entrada de não cidadãos que tiverem passado recentemente pela China.
A resposta de Xi Jiping se assemelha à da guerra epidemiológica prevista no documentário “Epidemia”, lançado pela Netflix no dia 22 de janeiro, cujas cenas iniciais sobre a grande gripe de 1918, quando morreram 50 milhões em todo o mundo, remetem para o alerta: “Não se trata de perguntar se uma repetição daquela epidemia hoje, com mortes na casa das centenas de milhões, vai acontecer, mas quando”.
Na última terça-feira, um brasileiro residente em Pequim teve sua temperatura medida quatro vezes por agentes da vigilância sanitária: ao deixar seu prédio, ao entrar no estacionamento de um shopping, ao andar por um outro estabelecimento público e ao voltar para seu prédio. Além de construir hospitais em tempo recorde, montar um intenso esquema de vigilância e propagar o espírito de coletividade do povo chinês, que evita sair para não gastar máscaras, o governo de Xi Jiping terá que se provar capaz de desfazer as previsões mais catastróficas sobre o impacto do vírus sobre a economia chinesa.
Na empresa de Renato, 100% das atividades foram paralisadas num momento em que se iniciavam os contatos com as instituições que abrigariam alunos durante as férias de verão no Hemisfério Norte. Da Rússia, aguarda o desbloqueio de Wuhan para voltar à empresa em que a única vítima, até agora, é a produtividade.
Maria Cristina Fernandes, jornalista do 'Valor', escreve neste espaço quinzenalmente
Comentários
Postar um comentário
O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.