Ainda não é possível anunciar, mas logo os leitores deste blog serão informados. Está em curso no sistema midiático brasileiro uma série de mudanças bastante relevante e que deve alterar, a médio e longo prazo, o perfil deste setor no país. A novidade tem nome: operadoras de telefonia. Elas estão entrando no jogo com muito dinheiro e em breve dominarão não apenas as mídias eletrônicas (internet, sobretudo), mas também a impressa e televisiva. O Oi/iG é um exemplo claro deste movimento e o que está sendo feito por lá sob o comando de Eduardo Oinegue, ex-Veja, é um espanto. Voltaremos ao assunto.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
semanas, meses, anos?
ResponderExcluirBota na roda aí...
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