A se confirmar a idéia do presidente Lula de armar seu ministério apenas após as eleições para as presidências da Câmara e Senado, o Brasil vai viver um longo período de calmaria política neste verão. Dezembro está chegando e ainda deve reservar alguma atividade no Congresso, mas os deputados já fizeram a lição de casa, desobstruindo a pauta e votando os projetos mais importantes. Na semana que vem, o Senado Federal deve trabalhar um pouco também, só para variar, e com isto a atual legislatura se encerra gloriosamente, com a pauta limpa e os projetos de interesse do governo aprovados. Claro, ninguém é de ferro e vai sobrar aquele trabalhinho sujo de julgar as dezenas de deputados sanguessugas, mas isto pode esperar um pouco, já que após a posse muitos deles já nem serão deputados... Do ponto de vista do Executivo, há uma ou outra medida para "destravar" o Brasil a ser tomada ainda neste ano, bem como teremos na próxima semana a última reunião do Copom, que deve baixar um pouco mais a taxa de juros. As principais decisões, porém, devem ficar para 2007, com o novo ministério. Ou seja, devem ficar para março, após o Carnaval, quando finalmente começará de verdade o segundo mandato do presidente Lula. Até lá, teremos discursos "como nunca antes neste país", choramingo da oposição e muita disputa interna, no PT e nos partidos aliados, para decidir os nomes do novo governo.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
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