A manchete desta terça-feira do jornal Folha de S. Paulo – Publicidade oficial ajuda a bancar TV do filho de Lula – revela que a grande imprensa está mesmo assustada com a possibilidade do governo federal iniciar um movimento real para democratizar o sistema midiático brasileiro. A matéria da Folha repete o "padrão Veja" de ataque a Lula e ao PT: faz muito barulho e coloca em evidência fatos corriqueiros, que nem sequer envolvem atos do presidente.
No caso da "denúncia" da Folha sobre o compartilhamento da publicidade oficial entre a Gamecorp, a empresa da qual é sócio um dos filhos do presidente, e o Grupo Bandeirantes de Comunicação, a própria matéria do jornal mostra que o contrato firmado entre as duas partes é comum no mercado e absolutamente legal. Diz ainda a reportagem que a maior parte da publicidade que a Gamecorp obteve veio do setor privado. Além disto, a matéria mostra que a publicidade oficial caiu 68% neste ano em relação a 2006.
Em outras palavras, a própria Folha diz que não há nada de irregular nos anúncios oficiais recebidos pela Gamecorp. Nas duas páginas dedicadas ao assunto, o jornal corretamente ouviu o outro lado e contextualizou a divulgação da notícia – trata-se de fato tornado público em função de um processo que a Gamecorp move contra a editora Abril e o jornalista Diogo Mainardi, entre outros profissionais. As matérias também não contêm adjetivos contra o governo ou o presidente, apenas relatam os fatos de forma bastante objetiva. O problema todo está no fato do jornal ter decidido levar o assunto para manchete – a notícia não justifica o destaque – e com um título nitidamente negativo para o presidente Lula e seu filho. A maior parte dos leitores de jornal apenas passam os olhos pelos títulos, linhas-finas, legendas e destaques das reportagens. Ao publicar, na primeira página, que a publicidade oficial "ajuda a bancar" a TV do filho do presidente a Folha editorializou o material apurado pelos jornalistas e desinformou os seus leitores. O presidente Lula, conforme revela o próprio conteúdo da reportagem, não está "ajudando a bancar" a TV de seu filho e nem há alguma ilegalidade nos fatos relatados, mas a manchete do jornal procura passar esta impressão.
Na realidade, o que a Folha fez foi um ataque gratuito ao presidente Lula. Os grandes veículos de comunicação que se posicionaram contra o então candidato à reeleição durante a campanha devem estar mesmo preocupados com a possibilidade de corte na publicidade oficial a partir do próximo ano, conforme andou sugerindo o próprio presidente do PT, Marco Aurélio Garcia. Não seria um pequeno prejuízo e os proprietários da Folha, Veja, Estadão e outros sabem muitíssimo bem disto. Para evitar que o desejo de Garcia vire realidade, alguns veículos já estão usando a velha tática futebolística: "a melhor defesa é o ataque".
A revista Veja divulgou neste ano uma suposta conta corrente do presidente Lula no exterior. Na matéria, assinada por Márcio Aith – jornalista que fez carreira na Folha –, a revista explicava que não havia conseguido evidências de que a conta corrente de fato existisse, mas que publicava a informação ainda assim, para evitar que o governo federal fosse "chantageado" com os boatos. Sim, é isto mesmo: Veja publicou algo que não conseguiu provar após meses de apuração apenas para "ajudar" Lula. Do jeito que a coisa vai, a Folha ainda chama Aith de volta para ampliar o leque de opções na sua campanha contra governo. Será um grande reforço.
No caso da "denúncia" da Folha sobre o compartilhamento da publicidade oficial entre a Gamecorp, a empresa da qual é sócio um dos filhos do presidente, e o Grupo Bandeirantes de Comunicação, a própria matéria do jornal mostra que o contrato firmado entre as duas partes é comum no mercado e absolutamente legal. Diz ainda a reportagem que a maior parte da publicidade que a Gamecorp obteve veio do setor privado. Além disto, a matéria mostra que a publicidade oficial caiu 68% neste ano em relação a 2006.
Em outras palavras, a própria Folha diz que não há nada de irregular nos anúncios oficiais recebidos pela Gamecorp. Nas duas páginas dedicadas ao assunto, o jornal corretamente ouviu o outro lado e contextualizou a divulgação da notícia – trata-se de fato tornado público em função de um processo que a Gamecorp move contra a editora Abril e o jornalista Diogo Mainardi, entre outros profissionais. As matérias também não contêm adjetivos contra o governo ou o presidente, apenas relatam os fatos de forma bastante objetiva. O problema todo está no fato do jornal ter decidido levar o assunto para manchete – a notícia não justifica o destaque – e com um título nitidamente negativo para o presidente Lula e seu filho. A maior parte dos leitores de jornal apenas passam os olhos pelos títulos, linhas-finas, legendas e destaques das reportagens. Ao publicar, na primeira página, que a publicidade oficial "ajuda a bancar" a TV do filho do presidente a Folha editorializou o material apurado pelos jornalistas e desinformou os seus leitores. O presidente Lula, conforme revela o próprio conteúdo da reportagem, não está "ajudando a bancar" a TV de seu filho e nem há alguma ilegalidade nos fatos relatados, mas a manchete do jornal procura passar esta impressão.
Na realidade, o que a Folha fez foi um ataque gratuito ao presidente Lula. Os grandes veículos de comunicação que se posicionaram contra o então candidato à reeleição durante a campanha devem estar mesmo preocupados com a possibilidade de corte na publicidade oficial a partir do próximo ano, conforme andou sugerindo o próprio presidente do PT, Marco Aurélio Garcia. Não seria um pequeno prejuízo e os proprietários da Folha, Veja, Estadão e outros sabem muitíssimo bem disto. Para evitar que o desejo de Garcia vire realidade, alguns veículos já estão usando a velha tática futebolística: "a melhor defesa é o ataque".
A revista Veja divulgou neste ano uma suposta conta corrente do presidente Lula no exterior. Na matéria, assinada por Márcio Aith – jornalista que fez carreira na Folha –, a revista explicava que não havia conseguido evidências de que a conta corrente de fato existisse, mas que publicava a informação ainda assim, para evitar que o governo federal fosse "chantageado" com os boatos. Sim, é isto mesmo: Veja publicou algo que não conseguiu provar após meses de apuração apenas para "ajudar" Lula. Do jeito que a coisa vai, a Folha ainda chama Aith de volta para ampliar o leque de opções na sua campanha contra governo. Será um grande reforço.
Muito boa a observação! Ataque gratuito e nada ético. Luiz, você deveria dar mais cursos no Rio e mais longos d epreferência. Abraços
ResponderExcluirO curioso e' que ninguem ate agora comentou que a grande ira da Editora Abril e' que a Play Tv e' a primeira concorrente direta da emissora MTV (que e' da Editora Abril). A duas emissoras focam o publico adolescente..
ResponderExcluirE me parece que a Play Tv esta roubando audiencia e anunciantes da MTV.