O governador Cláudio Lembo já mostrou que não é um político comum. Apesar de ser filiado ao PFL, dá declarações que arrepiariam até o pessoal do PSTU, com a de que a culpa pela violência em São Paulo é da "elite branca". Agora, Lembo aprontou mais uma das suas: determinou o reajuste na tarifa do Metrô para R$ 2,30, bem menos do que queriam os assessores do governador eleito José Serra (PSDB). Com o reajuste menor, vai ficar para Serra fazer o acerto, no próximo ano. Aumentar a tarifa do transporte público é o tipo da coisa que qualquer governante detesta, e Lembo deixou este pequeno abacaxi para o seu sucessor descascar. De fato, está mesmo na hora do PSDB e PFL discutirem a relação e, talvez, porem fim em um casamento que já dura 12 anos.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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