Dicas de João Bernardo Caldeira em artigo no Valor, publicado dia 27/3, para a quarentena provocada pelo Covid-19.
Museus que tradicionalmente são destinos de turistas do mundo inteiro, como MoMA (em Nova York), Tate Britain (Londres), Reina Sofia (Madri), D’Orsay (Paris) e Hermitage (São Petersburgo), além de brasileiros, como Pinacoteca de São Paulo, podem ser visitados on-line.
O site Google Arts & Culture oferece “tours” virtuais em 500 museus e pontos históricos que estão fechados por tempo indeterminado devido à pandemia do coronavírus. Algumas instituições, como o Masp, abrigam o recurso de visualização dos espaços em 360°, ao estilo Street View. Nesta semana, entre os tópicos populares estavam Candido Portinari (1903-1962) e uma visita à Torre Eiffel.
Contra o coronavírus
O Sesc São Paulo vai colocar as estruturas de suas unidades para abrigar ações de combate ao coronavírus. Os espaços podem servir, por exemplo, para instalação de leitos e hospitais de campanha. “O momento é especial e exige sacrifício de todos os lados”, diz Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc SP. A instituição possui 43 unidades em 21 municípios - fechadas desde a semana passada. Cerca de 90% das unidades do Sesc no Brasil tiveram suas atividades interrompidas.
Retenção indevida
Com a medida, o Sesc SP marca posição no momento de pandemia, alinhado às instituições do Sistema S. Desde a indicação de que 50% do orçamento do sistema seria cortado por meses, feita pelo ministro Paulo Guedes, surgiram reações de desagravo ou propostas de parceria. “O atual cenário não pode justificar medidas que não estão previstas em lei”, diz Miranda. Para confirmar a medida, o governo teria de alterar a legislação. “A Constituição determina que a contribuição das empresas seja arrecadada pela Receita Federal e repassada ao Sistema S, sem a possibilidade de retenção desses recursos.”
Facada prévia
De acordo com Miranda, o Sesc SP sobreviveria com a possível queda abrupta de receitas. “É possível lançar mão de reservas, mas são recursos que estavam destinados a outras finalidades”, afirma. Seu receio é a abertura de um precedente para que o governo federal cumpra a promessa de “passar a faca no Sistema S”. Membros do governo também já declararam a intenção de “abrir a caixa-preta” desse conjunto de entidades. “Não há dúvida de que esse anúncio é uma prévia da facada que ele tinha prometido”, diz Miranda. “Há espaço para cooperação e diálogo, mas não do ponto de vista dos recursos econômicos.”
Petrobras para crianças
A Petrobras abrirá editais para a cultura (R$ 10 milhões), para o público infantojuvenil. O primeiro, para projetos de dança, circo e teatro, está com as inscrições abertas. Também serão contempladas áreas de feiras literárias e animações. A Petrobras fechou ainda contratos de patrocínio com Theatro Municipal do Rio, Sala Cecília Meireles e MAM-RJ. Outros não foram renovados - Oficina, Anima Mundi e Armazém.
Patrocínios
A previsão de investimento em cultura neste ano é de R$ 24 milhões - foi R$ 38 milhões, em 2018, e de R$ 37 milhões, no ano passado. Em 2006 foram aportados R$ 267 milhões. “A Petrobras passa por momento difícil, de R$ 90 bilhões em dívidas”, diz Aislan Greca, gerente de patrocínio e eventos. “Em 2019, a companhia adotou plano de resiliência que prevê, dentre outras medidas, redução dos patrocínios. Cabe ressaltar que a participação da cultura no orçamento de patrocínios passou de 28%, em 2018, para 45%, em 2020.”
Museus que tradicionalmente são destinos de turistas do mundo inteiro, como MoMA (em Nova York), Tate Britain (Londres), Reina Sofia (Madri), D’Orsay (Paris) e Hermitage (São Petersburgo), além de brasileiros, como Pinacoteca de São Paulo, podem ser visitados on-line.
O site Google Arts & Culture oferece “tours” virtuais em 500 museus e pontos históricos que estão fechados por tempo indeterminado devido à pandemia do coronavírus. Algumas instituições, como o Masp, abrigam o recurso de visualização dos espaços em 360°, ao estilo Street View. Nesta semana, entre os tópicos populares estavam Candido Portinari (1903-1962) e uma visita à Torre Eiffel.
Contra o coronavírus
O Sesc São Paulo vai colocar as estruturas de suas unidades para abrigar ações de combate ao coronavírus. Os espaços podem servir, por exemplo, para instalação de leitos e hospitais de campanha. “O momento é especial e exige sacrifício de todos os lados”, diz Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc SP. A instituição possui 43 unidades em 21 municípios - fechadas desde a semana passada. Cerca de 90% das unidades do Sesc no Brasil tiveram suas atividades interrompidas.
Retenção indevida
Com a medida, o Sesc SP marca posição no momento de pandemia, alinhado às instituições do Sistema S. Desde a indicação de que 50% do orçamento do sistema seria cortado por meses, feita pelo ministro Paulo Guedes, surgiram reações de desagravo ou propostas de parceria. “O atual cenário não pode justificar medidas que não estão previstas em lei”, diz Miranda. Para confirmar a medida, o governo teria de alterar a legislação. “A Constituição determina que a contribuição das empresas seja arrecadada pela Receita Federal e repassada ao Sistema S, sem a possibilidade de retenção desses recursos.”
Facada prévia
De acordo com Miranda, o Sesc SP sobreviveria com a possível queda abrupta de receitas. “É possível lançar mão de reservas, mas são recursos que estavam destinados a outras finalidades”, afirma. Seu receio é a abertura de um precedente para que o governo federal cumpra a promessa de “passar a faca no Sistema S”. Membros do governo também já declararam a intenção de “abrir a caixa-preta” desse conjunto de entidades. “Não há dúvida de que esse anúncio é uma prévia da facada que ele tinha prometido”, diz Miranda. “Há espaço para cooperação e diálogo, mas não do ponto de vista dos recursos econômicos.”
Petrobras para crianças
A Petrobras abrirá editais para a cultura (R$ 10 milhões), para o público infantojuvenil. O primeiro, para projetos de dança, circo e teatro, está com as inscrições abertas. Também serão contempladas áreas de feiras literárias e animações. A Petrobras fechou ainda contratos de patrocínio com Theatro Municipal do Rio, Sala Cecília Meireles e MAM-RJ. Outros não foram renovados - Oficina, Anima Mundi e Armazém.
Patrocínios
A previsão de investimento em cultura neste ano é de R$ 24 milhões - foi R$ 38 milhões, em 2018, e de R$ 37 milhões, no ano passado. Em 2006 foram aportados R$ 267 milhões. “A Petrobras passa por momento difícil, de R$ 90 bilhões em dívidas”, diz Aislan Greca, gerente de patrocínio e eventos. “Em 2019, a companhia adotou plano de resiliência que prevê, dentre outras medidas, redução dos patrocínios. Cabe ressaltar que a participação da cultura no orçamento de patrocínios passou de 28%, em 2018, para 45%, em 2020.”
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