Realmente, não dá para contestar: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um homem de muita sorte. Um dia depois da agência canadense de risco ter elevado o Brasil ao grau de investimento, em meio às más notícias na área econômica, em especial os indícios de retorno da inflação, eis que vem a agência Fitch, uma das três que de fato importam (as outras são a Standard & Poor´s e a Moody´s), e anuncia que também vai classificar o Brasil como investment grade. Na prática, a notícia é de fato importante porque muitos fundos de investimento só podiam recomendar a aplicação de recursos no país quando pelo menos duas grandes agências de risco avalizassem o país, o que acaba de acontecer na tarde desta quinta-feira. Tudo somado, a oposição pode dizer muito de Lula, mas jamais poderá acusar o presidente de ser um homem azarado.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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