O Brasil está para esta crise internacional como o maluco que tomou três ácidos sem sentir coisa alguma. O sujeito começa a se perguntar: será que não bateu? Bem, pode ser que o produto estivesse vencido, mas também pode ser que a coisa termine numa bad trip daquelas... É evidente que as coisas não andam nada bem no cenário econômico internacional, mas até agora, "não bateu" por aqui. Vai bater? Só Deus sabe, os economistas é que não conseguem responder a esta questão, até pelo ineditismo da crise. Uma coisa é certa: se o Brasil sair incólume ou for pouco afetado, será a prova definitiva de que o presidente Lula nasceu com aquilo virado para a lua.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
O crescimento econômico do Brasil é devido principalmente à dsitribuição de renda e ao conseqüente aumento do consumo interno.
ResponderExcluirHá apenas duas vias pelas quais a crise internacional poderia afetar o Brasil:
1- diminuição do valor das commodities, que já está acontecendo devido à recessão nos EUA, europa e Japão. No entanto, China continua uma incógnita e sinceramente duvido que o governo chinês esteja disposto a permitir que o crescimento fique abaixo de 10% ao ano. Além disso, como o crescimento que está ocorrendo é devido principalmente a fatores internos, a diminuição das exportações devido à recessão mundial deve afetar mais levemente nosso crescimento.
2- quebradeira geral dos bancos daqui. Não vai acontecer. O Brasil não desregulamentou o sistema financeiro, enquanto EUA e Inglaterra sim. A conseqüência é que os bancos brasileiros não puderam investir em derivativos, que agora estão micando.
A conclusão é que, se a crise chegar, chegará leve. Baixará o crescimento do patamar acima de 5% para 3 a 4%.
No entanto, um bom keynesiano deveria ficar atento que o governo deve aumentar os gastos como uma política anticíclica. Bastaria pisar o pé no acelerador do PAC.