Nesta quinta-feira, as bolsas de valores fecharam em alta, com os investidores animados (ou aliviados) com o anúncio de uma ajuda de mais US$ 200 bilhões, pelo Fed e outros 5 bancos centrais, às instituições financeiras em dificuldade. Na prática, é uma espécie de Proer: o contribuinte paga a conta da farra dos banqueiros. O problema todo é que sem a ajuda, o contribuinte também acabaria pagando o pato porque a falência do sistema financeiro desorganizaria toda a economia, com consequências imprevisíveis. Assim, dá para entender a lógica do Fed em salvar a pele de algumas instituições, o que não dá para aceitar é a turma que dirige irresponsavelmente as tais instituições não serem duramente penalizadas...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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