Apesar dos enormes esforços de parte da imprensa, o caso do "grampo" do presidente do STF, Gilmar Mendes, já começou a esfriar com o afastamento de Paulo Lacerda da Abin. A oposição ficou sem discurso e agora a expectativa é com o resultado das investigações. É claro que a divulgação de novas gravações obtidas por meio de grampos pode dar mais gás à "crise", mas este blog aposta que, ainda antes da eleição de outubro, outro "escândalo" vai surgir. E não vai dar em nada, as always... A razão de tantas "crises" é uma só: os candidatos do governo estão bem nas pesquisas e a oposição patina. Quando isto acontece, a grande imprensa sempre entra em campo para equilibrar o jogo...
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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