Pular para o conteúdo principal

Eleições 2010: Lula vale 4 Serras

Mais interessante do que o resultado da altíssima popularidade presidencial (aprovação de 68% para o governo e de 77% para Lula), que todos já esperavam, é a simulação da pesquisa CNT/Sensus da intenção de voto espontânea para a eleição de 2010. Mesmo não podendo concorrer, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece com 23% da preferência dos entrevistados contra apenas 6% do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), segundo colocado. Em outras palavras, Lula hoje teria praticamente 4 vezes mais votos do que o rival tucano. Infelizmente, o instituto Sensus não realizou pesquisa estimulada com o nome de Lula. Sem o presidente, Serra lidera, Ciro Gomes aparece em segundo e Dilma Rousseff já alcança praticamente 9%. Abaixo, mais detalhes sobre a pesquisa no release preparado pela assessoria da Confederação Nacional dos Transportes:


CNT divulga resultados da 93ª Pesquisa CNT/Sensus

A 93ª Pesquisa CNT/Sensus, divulgada hoje (22 de setembro de 2008), em Brasília, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), registra o Índice Avaliação em 54,30 e o Índice Expectativa em 73,82.
Em abril de 2008, o Índice Avaliação situava-se em 52,32 e o Índice Expectativa em 70,23.

O Índice Avaliação é formado pela ponderação das variáveis emprego, renda, saúde, educação e segurança pública para os últimos 6 meses, e o Índice Expectativa pela ponderação das variáveis emprego, renda, saúde, educação e segurança pública para os próximos 6 meses.

A Pesquisa foi realizada de 15 a 19 de setembro, em 136 municípios nas cinco regiões brasileiras e foram ouvidas 2.000 pessoas.

AVALIAÇÃO DO GOVERNO

A avaliação positiva do Governo Lula situa-se em 68,8%, e a avaliação negativa em 6,8%. Em abril de 2008, a avaliação positiva do Governo Lula situava-se em 57,5% e a avaliação negativa em 11,3%.

A aprovação do desempenho pessoal do presidente Lula situa-se em 77,7% e a desaprovação em 16,6%. Em abril de 2008, a aprovação do desempenho pessoal de Lula situava-se em 69,3% e a desaprovação em 26,1%.

QUALIDADE DE VIDA

A Pesquisa CNT Sensus quis saber se o brasileiro acredita que sua vida e de sua família melhorou nos últimos quatro anos.

Para 61,5% a qualidade de vida melhorou no período; para 25,8% está igual e para 11,6% piorou.

ELEIÇÕES 2010 – 1º TURNO

A Pesquisa CNT/Sensus quis saber, também, qual é a tendência do eleitorado brasileiro para a eleição presidencial de 2010, em primeiro turno, tanto em votação espontânea, quanto estimulada.

Em votação espontânea foram obtidos os seguintes dados: Lula, 23,4%; José Serra, 6,7%; Aécio Neves, 3,3%; Dilma Rousseff, 1,9; Heloísa Helena, 1,5%; Ciro Gomes 1,4%; Geraldo Alckmin, 1,4%; 56,7% não souberam ou não responderam.

Em listas estimuladas, os resultados foram os seguintes:

Primeira lista: José Serra, 38,1%; Ciro Gomes, 17,4%; Heloísa Helena, 9,9%; Dilma Rousseff, 8,4; 26,3% declaram não ter candidato. Os números de abril de 2008 eram 36,4%, 16,9%, 11,7%, 6,2% e 29,0% respectivamente.

Segunda lista: Ciro Gomes, 24,9%; Aécio Neves, 18,2%; Heloísa Helena, 13,4%; Dilma Rousseff, 8,6%; 34,9% declararam não ter candidato. Os números em abril de 2008 eram 23,5%, 16,4%, 17,5%, 7,0% e 35,7% respectivamente.

Terceira lista: José Serra, 38,5%; Ciro Gomes, 19,6%; Heloísa Helena, 10,6%; Patrus Ananias, 2,7%; 28,6% declaram não ter candidato. Os números em abril de 2008 eram 34,2%, 17,8%, 14,1%, 3,8% e 30,2% respectivamente.

Quarta lista: José Serra, 37,9%; Ciro Gomes, 18,9%; Heloísa Helena, 10,4%; Marta Suplicy, 5,9%; 27,0% declaram não ter candidato.

Quinta lista: José Serra, 45,7%; Heloísa Helena, 12,5%; Dilma Rousseff, 10,0%; declararam não ter candidato, 31,8%.

Sexta lista: Aécio Neves, 22,4%; Heloísa Helena, 21,2%; Dilma Rousseff, 12,3%; declararam não ter candidato, 44,0%.

Sétima lista: José Serra, 45,3%; Heloísa Helena, 15,4%; Patrus Ananias, 4,0%; declararam não ter candidato, 35,3%.

Oitava lista: Heloísa Helena, 23,5%; Aécio Neves, 23,0%; Marta Suplicy, 8,8%; declararam não ter candidato, 44,7%.

ELEIÇÕES 2010 – 2º TURNO

Quisemos saber ainda, qual é a tendência do eleitorado para um eventual segundo turno nas eleições presidenciais de 2010.

Na primeira opção: José Serra, 51,4%; Dilma Rousseff, 15,7%; com 32,9% declarando não ter candidato. Os números em abril de 2008 eram 53,2%, 13,6% e 33,3%, respectivamente.

Na segunda opção: Aécio Neves, 34,0%; Dilma Rousseff, 18,4%; com 47,7% sem candidato. Os números em abril de 2008 eram 32,1%, 18,3% e 49,6%, respectivamente.

Na terceira opção: José Serra, 55,1%; Patrus Ananias, 7,7%; com 37,2% sem candidato. Os números em abril de 2008 eram 55,1%, 8,2% e 36,8%, respectivamente.

Na quarta opção: José Serra, 47,1%; Ciro Gomes, 22,5%, com 30,4% sem candidato. Os números em abril de 2008 eram 43,7%, 25,5% e 31,0%, respectivamente.

AVALIAÇÃO DOS EXECUTIVOS

Para 47,8% dos entrevistados, a administração dos governadores é Ótima/Boa; para 33,8%, Regular, e para 15,9%, Ruim/Péssima.

As administrações municipais são consideradas Ótima/Boa por 48,2% dos entrevistados; Regular por 25,8% e Ruim/Péssima por 23,3%.

ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2008

35,9% dos entrevistados disseram ter muito interesse nas eleições municipais deste ano e 40,6% interesse médio, contra 21,5% que não têm interesse no pleito.

Para 48,9% dos entrevistados da Pesquisa CNT Sensus o que mais pesa na hora da escolha é o candidato demonstrar ser um bom administrador. Para 18,8% o que contam são as propostas; para 18,2%, ser um bom político e 11,0% as qualidades pessoais do candidato.

A execução de serviços públicos (40,4%) é o que mais esperam os eleitores dos prefeitos a serem eleitos; 33,1% esperam a geração de emprego; 17,0% combate à violência e 4,3% que o novo prefeito participe dos grande temas nacionais.

ESCOLHA DO CANDIDATO

Os debates e os programas do TRE, respectivamente, são os mecanismos mais utilizados pelo eleitor para definir seu candidato a prefeito: 29,5% e 25,6%; seguido do contato pessoal: 23,3%.

DEFINIÇÃO DE VOTO

59,8% dos entrevistados afirmam já ter definido seu voto para o pleito municipal deste ano; 17,0% dizem já ter preferência, mas que ainda podem mudar de candidato. 18,9% não se definiram ainda.

CANDIDATO APOIADO POR LULA

44,1% disseram que votariam ou poderiam votar em um candidato a prefeito apoiado pelo Presidente Lula; 30,9% só votariam se conhecessem o candidato.

CANDIDATO APOIADO PELO GOVERNADOR

Candidatos a prefeito apoiados pelo governador de seu estado receberiam ou poderiam receber os votos de 37,4% dos entrevistados.

SALÁRIO MÍNIMO

O poder de compra do Salário Mínimo na administração do Presidente Lula é maior que em governos anteriores, de acordo com a percepção de 58,1% dos entrevistados pela Pesquisa CNT Sensus.

PROGRAMAS SOCIAIS

Os programas sociais do Governo Federal são conhecidos por 65,6% dos brasileiros e 75,3% afirmam que votariam em candidatos apoiados pelo governo para garantir a continuidade dos programas.

INFLAÇÃO

Para 81,1% os preços de produtos e serviços no Brasil aumentaram em 2008, e esse aumento foi mais sentido nos alimentos, segundo 69,2% dos entrevistados.

CONCLUSÃO

O crescimento da aprovação ao presidente Lula pode ser explicado pelo bom momento da economia e pelo discurso direto que ele tem em relação à população. Hoje ele atinge a maior popularidade de um governante desde o início dos levantamentos feitos pela CNT/Sensus, o que se deve principalmente pelos bons números da economia e os resultados obtidos pelos programas sociais do governo. Em especial deve-se destacar o Bolsa-Família, Bolsa-Alimentação, Bolsa-Escola, Vale-Gás, Programa Fome Zero e Programa Primeiro Emprego.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue...

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda...