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Crise se agrava, mas não é 1929

O quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos faliu, quebrou. Não é pouca coisa. Uma falência desta magnitude é capaz de arrastar mais algumas instituições financeiras para o buraco, situação que foi evitada no caso da Merril Lynch, vendida para o Bank of America por R$ 50 bilhões.

Sim, a situação é grave e as consequências devem começar a aparecer na economia real em breve na forma de desaceleração do crescimento - lá fora e provavelmente aqui dentro também. O tamanho e magnitude deste movimento, porém, ninguém ainda pode prever. Ou melhor, já tem gente "prevendo" uma nova Grande Depressão como a que se seguiu à quebra da Bolsa de Valores americana em 1929. Esse pessoal devia ir com calma, até para não cair no ridículo: em 1930, cerca de 10 mil bancos americanos quebraram e a taxa de desemprego chegou a 25%, ou seja, um quarto da população economicamente ativa. Este blog aposta sem pestanejar que tal situação não acontecerá de novo agora. O desemprego nos EUA está em 6% e dificilmente dobra no curto prazo e o número de bancos e instituições quebradas não vai chegar ao milhar, se é que supera uma centena.

Sim, o grande risco desta crise seria a perda da confiança das pessoas no sistema financeiro, que geraria uma corrida aos saques e quebradeira generalizada e aí sim, repetindo 29. Ocorre que o governo dos Estados Unidos e a União Européia já deram demonstrações de que não vão permitir que isto ocorra.

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