Saiu o resultado do PIB brasileiro no primeiro semestre, conforme se pode ler em detalhes abaixo, na versão da Folha Online. A economia cresceu mais do que o esperado pelo mercado, o que deve levar as agências a uma série de revisões sobre os números para este ano. Talvez a economia cresça até mais de 5%, como espera o governo.
A partir desses números, vai ser difícil para a oposição aplicar aquele velho discurso de que os outros países emergentes estão crescendo mais que o Brasil ou que Lula surfa na onda do crescimento mundial. O mundo rico está à beira de uma recessão e o Brasil se aproxima das taxas de crescimento da Índia e até da China, cujo PIB deve aumentar 8% em 2009. Depois os analistas não entendem por que a base lulista está na frente em 20 das 26 capitais de Estado nas prévias dos institutos de pesquisa... No Nordeste, que cresce a taxas chinesas, o fenômeno é ainda mais impressionante. A verdade é que se Lula quisesse (ou quiser), seria reeleito com o pé nas costas, sem grande esforço. A menos que uma catástrofe de dimensões "nunca antes vista", como diria o próprio Lula, abalasse e economia brasileira em 2009. Sim, a crise está aí, ou melhor, lá no hemisfério Norte, mas até agora não há sinal de que vá chegar no Sul com a intensidade que abalou as economias da UE e EUA. A ver.
PIB cresce 6,1% no segundo trimestre; no semestre, expansão é de 6%
CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
A economia brasileira teve expansão de 6,1% no segundo trimestre de 2008, na comparação com igual período no ano passado. No acumulado do semestre, o incremento do PIB (Produto Interno Bruto) foi de 6% em relação ao período de janeiro a junho de 2007, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira. Em relação ao primeiro trimestre de 2008, o PIB trimestral cresceu 1,6%.
Ao todo, a economia movimentou R$ 716,9 bilhões de abril a junho e R$ 1,3 trilhão no primeiro semestre. Trata-se do melhor semestre desde os primeiros seis meses de 2004, quando o PIB cresceu 6,6%. A taxa acumulada dos últimos 12 meses (encerrados em junho) indica alta de 6% do PIB em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
Entenda o que é o PIB e como é feito seu cálculo
Também hoje, o IBGE revisou para cima o PIB do primeiro trimestre, que foi de 5,8% para 5,9%, por conta do crescimento do setor agropecuário, cujo dado foi revisado de 2,4% para 3,0%.
O resultado ficou acima do que previam economistas e analistas de mercado ouvidos pela Folha Online, que estimaram a variação do PIB no segundo trimestre entre 5% e 5,3%.
O PIB, que mostra o comportamento de uma economia, é a soma das riquezas produzidas por um país --é formado pela indústria, agropecuária e serviços. O PIB também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.
O investimento, medido pela chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), cresceu 16,2% no segundo trimestre, se comparado a igual período no ano anterior, atingindo R$ 134,295 bilhões --é o maior incremento verificado para um trimestre, desde o início da série histórica. Na comparação com o primeiro trimestre, houve incremento de 5,4%. De janeiro a junho, o investimento aumentou 15,7% em relação ao período de janeiro a junho de 2007, ficando em R$ 255,976 bilhões.
A taxa de investimento (FBCF/PIB), por sua vez, ficou em 18,7% no segundo trimestre, a maior para o período desde o início da série da pesquisa. No primeiro semestre, a taxa de investimento também bateu recorde, ficando em 18,5%, e em 12 meses, ficou em 15,5%.
O consumo das famílias, por sua vez, aumentou 6,7% no segundo trimestre, ficando em R$ 429,627 bilhões, e acumulou alta de 6,7% de janeiro a junho (R$ 841,985 bilhões), sempre na comparação com iguais períodos em 2007. Em relação ao primeiro trimestre, constatou-se crescimento de 1%.
Já o consumo do governo registrou alta de 5,3% no segundo trimestre deste ano (para R$ 134,113 bilhões), se comparado a igual período em 2007. No primeiro semestre, essa elevação ficou em 5,6%, atingindo R$ 258,971 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o consumo do governo aumentou 0,3%.
Pelo lado da demanda externa, as exportações de bens e serviços cresceram 5,1% no segundo trimestre, após uma queda no trimestre anterior. Em relação ao primeiro trimestre, a alta foi de 8,5%. No acumulado do semestre, as exportações aumentaram 1,6% e, em 12 meses, 2,8%.
Setores
O destaque principal da economia brasileira no início de 2008 foi o setor agropecuário, que cresceu 7,1% em relação ao segundo trimestre de 2007 e 5,2% no semestre. Na comparação com o primeiro trimestre, a agropecuária teve expansão de 3,8%.
O setor de serviços registrou incremento de 5,5% frente ao segundo trimestre de 2007 e de 5,3% de janeiro a junho. Em relação ao primeiro trimestre, o segmento aumentou 1,3%.
O setor industrial cresceu 5,7%, na comparação com o período de abril a junho do ano passado. No semestre, essa expansão chegou a 6,3%. Em relação ao primeiro trimestre de 2008, a indústria teve alta de 0,9%.
A partir desses números, vai ser difícil para a oposição aplicar aquele velho discurso de que os outros países emergentes estão crescendo mais que o Brasil ou que Lula surfa na onda do crescimento mundial. O mundo rico está à beira de uma recessão e o Brasil se aproxima das taxas de crescimento da Índia e até da China, cujo PIB deve aumentar 8% em 2009. Depois os analistas não entendem por que a base lulista está na frente em 20 das 26 capitais de Estado nas prévias dos institutos de pesquisa... No Nordeste, que cresce a taxas chinesas, o fenômeno é ainda mais impressionante. A verdade é que se Lula quisesse (ou quiser), seria reeleito com o pé nas costas, sem grande esforço. A menos que uma catástrofe de dimensões "nunca antes vista", como diria o próprio Lula, abalasse e economia brasileira em 2009. Sim, a crise está aí, ou melhor, lá no hemisfério Norte, mas até agora não há sinal de que vá chegar no Sul com a intensidade que abalou as economias da UE e EUA. A ver.
PIB cresce 6,1% no segundo trimestre; no semestre, expansão é de 6%
CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
A economia brasileira teve expansão de 6,1% no segundo trimestre de 2008, na comparação com igual período no ano passado. No acumulado do semestre, o incremento do PIB (Produto Interno Bruto) foi de 6% em relação ao período de janeiro a junho de 2007, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira. Em relação ao primeiro trimestre de 2008, o PIB trimestral cresceu 1,6%.
Ao todo, a economia movimentou R$ 716,9 bilhões de abril a junho e R$ 1,3 trilhão no primeiro semestre. Trata-se do melhor semestre desde os primeiros seis meses de 2004, quando o PIB cresceu 6,6%. A taxa acumulada dos últimos 12 meses (encerrados em junho) indica alta de 6% do PIB em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
Entenda o que é o PIB e como é feito seu cálculo
Também hoje, o IBGE revisou para cima o PIB do primeiro trimestre, que foi de 5,8% para 5,9%, por conta do crescimento do setor agropecuário, cujo dado foi revisado de 2,4% para 3,0%.
O resultado ficou acima do que previam economistas e analistas de mercado ouvidos pela Folha Online, que estimaram a variação do PIB no segundo trimestre entre 5% e 5,3%.
O PIB, que mostra o comportamento de uma economia, é a soma das riquezas produzidas por um país --é formado pela indústria, agropecuária e serviços. O PIB também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.
O investimento, medido pela chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), cresceu 16,2% no segundo trimestre, se comparado a igual período no ano anterior, atingindo R$ 134,295 bilhões --é o maior incremento verificado para um trimestre, desde o início da série histórica. Na comparação com o primeiro trimestre, houve incremento de 5,4%. De janeiro a junho, o investimento aumentou 15,7% em relação ao período de janeiro a junho de 2007, ficando em R$ 255,976 bilhões.
A taxa de investimento (FBCF/PIB), por sua vez, ficou em 18,7% no segundo trimestre, a maior para o período desde o início da série da pesquisa. No primeiro semestre, a taxa de investimento também bateu recorde, ficando em 18,5%, e em 12 meses, ficou em 15,5%.
O consumo das famílias, por sua vez, aumentou 6,7% no segundo trimestre, ficando em R$ 429,627 bilhões, e acumulou alta de 6,7% de janeiro a junho (R$ 841,985 bilhões), sempre na comparação com iguais períodos em 2007. Em relação ao primeiro trimestre, constatou-se crescimento de 1%.
Já o consumo do governo registrou alta de 5,3% no segundo trimestre deste ano (para R$ 134,113 bilhões), se comparado a igual período em 2007. No primeiro semestre, essa elevação ficou em 5,6%, atingindo R$ 258,971 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o consumo do governo aumentou 0,3%.
Pelo lado da demanda externa, as exportações de bens e serviços cresceram 5,1% no segundo trimestre, após uma queda no trimestre anterior. Em relação ao primeiro trimestre, a alta foi de 8,5%. No acumulado do semestre, as exportações aumentaram 1,6% e, em 12 meses, 2,8%.
Setores
O destaque principal da economia brasileira no início de 2008 foi o setor agropecuário, que cresceu 7,1% em relação ao segundo trimestre de 2007 e 5,2% no semestre. Na comparação com o primeiro trimestre, a agropecuária teve expansão de 3,8%.
O setor de serviços registrou incremento de 5,5% frente ao segundo trimestre de 2007 e de 5,3% de janeiro a junho. Em relação ao primeiro trimestre, o segmento aumentou 1,3%.
O setor industrial cresceu 5,7%, na comparação com o período de abril a junho do ano passado. No semestre, essa expansão chegou a 6,3%. Em relação ao primeiro trimestre de 2008, a indústria teve alta de 0,9%.
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