A revista Veja, cujo anti-lulismo dispensa apresentações, revelou ao país que até o presidente do Supremo Tribunal Federal foi grampeado pelos arapongas da Abin. Como diriam os americanos e os tucanos, "so what?" (talvez a melhor tradução seja "e daí?", mas "so what" é muito mais chique, e tucano é tudo gente chique...). A verdade é que qualquer otário em Brasília sabe que difícil mesmo é achar um telefone que não esteja grampeado na cidade. Há quem diga que até o do presidente Lula tem escutas... A grande questão é saber se os grampos (do presidente do STF e de todos os demais cidadãos) são legais ou ilegais e se foram mesmo realizado pela Abin, como diz a Veja. É fácil dizer que o presidente "perdeu o comando" da Abin, mas muito mais difícil é provar a tese. E se os grampos tiverem sido feitos por arapongas a serviço do banqueiro Daniel Dantas ou de outro pilantra qualquer? Mais uma vez, Veja e os colunistas da ultra-direita se unem para gritar "assim não dá!", "crime de responsabilidade!" e outras bobagens. Que essa gente tenha saudade dos generais de cara amarrada e triste memória, é até natural e faz parte da democracia. A sabedoria popular, porém, sabe distinguir bem o que é armação e o que é realidade. Afinal, se Lula é vítima do grampo, como pode ter culpa na ação dos arapongas, supondo que realmente sejam da Abin. É evidente que, sendo esta a hipótese verdadeira, o presidente deve mandar apurar os fatos. E se os fatos apontarem para algum envolvimento da Abin, deverá tomar medidas para que fatos como este não se repitam. Agora, exigir que ele demita o ministro, o chefe da agência ou quem quer que seja antes da apuração, não passa de bravata de quem quer apenas jogar pó de mico no salão...
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
Alguém poderia me lembrar quais e quanto tempo durou cada "crise" criada pelo PIG, depois do mensalão. Foram muitas, lembro de algumas: crise aerea, febre aftosa, febre amarela, inflação e a mais recente crise do grampo.
ResponderExcluirLuis,
ResponderExcluireu sei que a curiosidade matou o gato, mas eu não resistou ao risco.
Os indgnados de hoje já descobriram quem foi que grampeou o presidente da República Vaidoso Henrique Cardoso combinando a venda de estatais com o seu ex-tesoureiro dublê de diretor do Banco do Brasil?
Será que foi a Abin de Lula?