Da Newsletter da LAM Comunicação, em primeira mão no blog.
Bond nunca morre e segue atual em tempos de polarização política
Não, infelizmente esta coluna não teve ainda acesso ao novo filme da sequência mais longeva do cinema, a do agente criado pelo escritor Ian Fleming em 1953. A pandemia privou o mundo de assistir No Time to Die na data em que deveria estrear e agora James Bond, o 007, deverá estar nas telas dos cinemas apenas em novembro, se o corona deixar. Enquanto o novo blockbuster não chega, o autor desta coluna teve a ideia de rever, junto com o filho de 8 anos, os filmes, já foram quatro até o momento, de diferentes épocas. E ao rever os episódios da coleção de DVDs adquirida em 2010 (só não pega toda fase Daniel Craig, infelizmente) para apresentar ao garoto o espião mais famoso do planeta, a sensação foi muito boa. O primeiro filme que vimos, 007 contra o Foguete da Morte, com locações no Brasil e a famosa luta de Bond contra o vilão Jaws no bondinho do Pão de Açúcar deixou o pequeno fã de Felipe Neto entusiasmado: “tem outro com o Tubarão, papai?”
Mas não foi só isto. Os filmes não envelheceram, ou melhor, como os bons vinhos de safras antigas que Bond consome, envelheceram muito bem, e estão mais atuais do que nunca neste mundo polarizado em que vivemos, com presidentes como Trump e Putin revivendo a Guerra Fria nas redes sociais. Sim, era mais charmoso no passado, quando um espião do MI6, a serviço de Sua Majestade e com licença para matar, resolvia as questões todas em um piscar de olhos, em geral não mais que uma semana.
Aliás, nenhum país foi ou será mais imperialista do que a Inglaterra, nem mesmo os EUA ou a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, URSS. Incrivelmente, a atual rainha da Inglaterra, que ascendeu ao trono em 1952, irá assitir no posto o próximo 007, último de Daniel Craig. Ou seja, quando Fleming criou o personagem, era ela a rainha, segue sendo em seu império de mentirinha composto por 15 estados independentes conhecidos como Reinos da Comunidade de Nações, além de chefiar a Commonwealth, formada por 53 estados.
O humor britânico realmente é uma das grandes contribuições da Inglaterra ou Reino Unido para a humanidade e obviamente está presente em todos os filmes de Bond, em especial na relação do agente com Q e M, personagens emblemáticos, vividos por diversos atores (e uma atriz, a sensacional Judi Dench como M na fase Craig). Além do humor, o bom gosto para bebidas, carros, relógios, ternos bem cortados e, é claro, mulheres – as bondgirls são sempre um capítulo à parte desde que Ursula Andrews saiu do mar no primeiro da série, Dr. No, em cena repetida décadas depois por Halle Berry no genial Um novo dia para morrer, que também assistimos, com o pequeno.
O universo de 007 não tem paralelo na história, talvez a sequência dos filmes de Guerra nas Estrelas tenha até mais fãs, mas nada supera o que Bond representa na história do cinema. Há discussões de todos os tipos, qual o melhor filme, quem foi a mais bela bondgirl (na opinião do colunista, Eva Green, Kim Bassinger, Halle Berry e Ursula Andrews, nesta ordem), qual a verdadeira receita do Vesper perfeito (shaked, not stirred) – leva vodka e gin, além de gotinhas de Lillet -, qual o melhor carro, e, claro, quem foi o melhor James Bond entre os cinco atores que interpretaram o espião (Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig)?
Na humilde opinião do autor destas mal traçadas, Craig é o melhor, em situação de quase empate com Sir Sean Connery, Roger Moore chegando logo atrás junto com Pierce Brosnan. Lazenby nem conta, fez um único filme, desastroso, e Dalton é um rapaz esforçado e nada mais. O melhor filme é sempre o próximo, mas de todos, Casino Royale de Craig é o que mais impacto teve neste cinéfilo amador. Tudo no filme funciona, o timing é perfeito, ainda que a fita seja longa.
Em 2016, a sequência fez 50 anos e a verdade é que nenhuma outra durou tanto tempo, se reinventou tanto como a de 007. Rever os filmes é mais que um prazer, é como reler um clássico, há sempre novos ângulos, novas interpretações, cenas em que não se havia prestado atenção, bondgirls que das quais havíamos se esquecido e que valem, sempre. rever... Fora os 124 Martinis tomados por Bond, James Bond ao longo de cinco décadas. #ficaadica! (por Luiz Antonio Magalhães, em 20/6/2020)
Bond nunca morre e segue atual em tempos de polarização política
Não, infelizmente esta coluna não teve ainda acesso ao novo filme da sequência mais longeva do cinema, a do agente criado pelo escritor Ian Fleming em 1953. A pandemia privou o mundo de assistir No Time to Die na data em que deveria estrear e agora James Bond, o 007, deverá estar nas telas dos cinemas apenas em novembro, se o corona deixar. Enquanto o novo blockbuster não chega, o autor desta coluna teve a ideia de rever, junto com o filho de 8 anos, os filmes, já foram quatro até o momento, de diferentes épocas. E ao rever os episódios da coleção de DVDs adquirida em 2010 (só não pega toda fase Daniel Craig, infelizmente) para apresentar ao garoto o espião mais famoso do planeta, a sensação foi muito boa. O primeiro filme que vimos, 007 contra o Foguete da Morte, com locações no Brasil e a famosa luta de Bond contra o vilão Jaws no bondinho do Pão de Açúcar deixou o pequeno fã de Felipe Neto entusiasmado: “tem outro com o Tubarão, papai?”
Mas não foi só isto. Os filmes não envelheceram, ou melhor, como os bons vinhos de safras antigas que Bond consome, envelheceram muito bem, e estão mais atuais do que nunca neste mundo polarizado em que vivemos, com presidentes como Trump e Putin revivendo a Guerra Fria nas redes sociais. Sim, era mais charmoso no passado, quando um espião do MI6, a serviço de Sua Majestade e com licença para matar, resolvia as questões todas em um piscar de olhos, em geral não mais que uma semana.
Aliás, nenhum país foi ou será mais imperialista do que a Inglaterra, nem mesmo os EUA ou a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, URSS. Incrivelmente, a atual rainha da Inglaterra, que ascendeu ao trono em 1952, irá assitir no posto o próximo 007, último de Daniel Craig. Ou seja, quando Fleming criou o personagem, era ela a rainha, segue sendo em seu império de mentirinha composto por 15 estados independentes conhecidos como Reinos da Comunidade de Nações, além de chefiar a Commonwealth, formada por 53 estados.
O humor britânico realmente é uma das grandes contribuições da Inglaterra ou Reino Unido para a humanidade e obviamente está presente em todos os filmes de Bond, em especial na relação do agente com Q e M, personagens emblemáticos, vividos por diversos atores (e uma atriz, a sensacional Judi Dench como M na fase Craig). Além do humor, o bom gosto para bebidas, carros, relógios, ternos bem cortados e, é claro, mulheres – as bondgirls são sempre um capítulo à parte desde que Ursula Andrews saiu do mar no primeiro da série, Dr. No, em cena repetida décadas depois por Halle Berry no genial Um novo dia para morrer, que também assistimos, com o pequeno.
O universo de 007 não tem paralelo na história, talvez a sequência dos filmes de Guerra nas Estrelas tenha até mais fãs, mas nada supera o que Bond representa na história do cinema. Há discussões de todos os tipos, qual o melhor filme, quem foi a mais bela bondgirl (na opinião do colunista, Eva Green, Kim Bassinger, Halle Berry e Ursula Andrews, nesta ordem), qual a verdadeira receita do Vesper perfeito (shaked, not stirred) – leva vodka e gin, além de gotinhas de Lillet -, qual o melhor carro, e, claro, quem foi o melhor James Bond entre os cinco atores que interpretaram o espião (Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig)?
Na humilde opinião do autor destas mal traçadas, Craig é o melhor, em situação de quase empate com Sir Sean Connery, Roger Moore chegando logo atrás junto com Pierce Brosnan. Lazenby nem conta, fez um único filme, desastroso, e Dalton é um rapaz esforçado e nada mais. O melhor filme é sempre o próximo, mas de todos, Casino Royale de Craig é o que mais impacto teve neste cinéfilo amador. Tudo no filme funciona, o timing é perfeito, ainda que a fita seja longa.
Em 2016, a sequência fez 50 anos e a verdade é que nenhuma outra durou tanto tempo, se reinventou tanto como a de 007. Rever os filmes é mais que um prazer, é como reler um clássico, há sempre novos ângulos, novas interpretações, cenas em que não se havia prestado atenção, bondgirls que das quais havíamos se esquecido e que valem, sempre. rever... Fora os 124 Martinis tomados por Bond, James Bond ao longo de cinco décadas. #ficaadica! (por Luiz Antonio Magalhães, em 20/6/2020)
Comentários
Postar um comentário
O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.