O anúncio da fusão do Itaú e Unibanco pegou muita gente de surpresa, embora os bancos tenham afirmado que já vinham negociando a operação há 15 meses. Na verdade, boatos sobe a venda do Unibanco correm na praça há muito anos, a grande dúvida sempre foi a respeito de quem seria o comprador. As apostas variavam entre Itaú, Bradesco e alguma instituição financeira estrangeira. No caso da disputa ficar entre os bancões nacionais, todos sabiam que o Unibanco era o diferencial que faria do comprador o maior banco do país, superando até o Banco do Brasil. Pois foi exatamente o que aconteceu - o Itaú Unibanco agora somam, em ativos, R$ 575 bilhões contra R$ 403,5 bilhões do Banco do Brasil e R$ 348,4 bilhões do Bradesco, de acordo com dados de junho do Banco Central.
Em alguns sites já tem gente criticando a "concentração" do setor bancário nacional com a fusão. Ora, vamos ser claros aqui. Em primeiro lugar, embora o Unibanco afirme que "estava conversando" com o Itaú há 15 meses, é razoável supor que a crise financeira internacional deve ter colaborado para acelerar o processo. Ademais, em uma operação complexa como a fusão de dois grandes bancos, é claro que não dá para falar em "comprador" e "comprado" como em uma venda de automóvel, mas também não dá para não enxergar o óbvio: o Itaú era o maior dos dois e ficou muito maior com a, digamos assim, incorporação do Unibanco, deixando a concorrência para trás. Bem, tudo isto posto, vamos ao que interessa. A operação é boa para o Brasil em primeiro lugar porque evitou uma eventual quebra de uma instituição financeira importante – o Unibanco. Também é bom para o Brasil ter um grande banco privado competitivo no mercado internacional e com a fusão o Itaú passa a ser o sexto maior das Américas e o maior do Hemisfério Sul.
É evidentente que a maior concorrência em geral beneficia os clientes-consumidores, mas é preciso ir devagar com o andor. Hoje o Itaú Unibanco tem como grandes competidores o BB, que é uma potência, o Bradesco, até ontem o maior banco privado do país, e o Santander, que conta com a força da matriz e tem planos de expandir suas operações no Brasil após a absorção do Real-ABN Amro. Além disto, segundo tantos analistas econômicos muito mais qualificados do que o autor deste blog, a crise financeira mundial é avassaladora e tem como consequência óbvia a concentração das instituições financeiras. Ao final do processo, muitas terão quebrado ou sido incorporadas por instituições maiores, em uma reedição do darwinismo na economia - os mais fortes sobrevivem, os mais fracos sucumbem. Que este movimento esteja acontecendo no Brasil sem a ajuda de recursos públicos é uma excelente notícia. Por toda esta soma de fatores, resta claro que a espetacular fusão anunciada nesta manhã de novembro é, sim, muito boa para o Brasil.
Em alguns sites já tem gente criticando a "concentração" do setor bancário nacional com a fusão. Ora, vamos ser claros aqui. Em primeiro lugar, embora o Unibanco afirme que "estava conversando" com o Itaú há 15 meses, é razoável supor que a crise financeira internacional deve ter colaborado para acelerar o processo. Ademais, em uma operação complexa como a fusão de dois grandes bancos, é claro que não dá para falar em "comprador" e "comprado" como em uma venda de automóvel, mas também não dá para não enxergar o óbvio: o Itaú era o maior dos dois e ficou muito maior com a, digamos assim, incorporação do Unibanco, deixando a concorrência para trás. Bem, tudo isto posto, vamos ao que interessa. A operação é boa para o Brasil em primeiro lugar porque evitou uma eventual quebra de uma instituição financeira importante – o Unibanco. Também é bom para o Brasil ter um grande banco privado competitivo no mercado internacional e com a fusão o Itaú passa a ser o sexto maior das Américas e o maior do Hemisfério Sul.
É evidentente que a maior concorrência em geral beneficia os clientes-consumidores, mas é preciso ir devagar com o andor. Hoje o Itaú Unibanco tem como grandes competidores o BB, que é uma potência, o Bradesco, até ontem o maior banco privado do país, e o Santander, que conta com a força da matriz e tem planos de expandir suas operações no Brasil após a absorção do Real-ABN Amro. Além disto, segundo tantos analistas econômicos muito mais qualificados do que o autor deste blog, a crise financeira mundial é avassaladora e tem como consequência óbvia a concentração das instituições financeiras. Ao final do processo, muitas terão quebrado ou sido incorporadas por instituições maiores, em uma reedição do darwinismo na economia - os mais fortes sobrevivem, os mais fracos sucumbem. Que este movimento esteja acontecendo no Brasil sem a ajuda de recursos públicos é uma excelente notícia. Por toda esta soma de fatores, resta claro que a espetacular fusão anunciada nesta manhã de novembro é, sim, muito boa para o Brasil.
Prezado Luiz,
ResponderExcluirTenho duas grandes preocupações em relação à fusão: primeira, normalmente quando um banco compra outro ele (comprador) manda muita gente embora (gerando desemprego); segundo é melhor (para o cliente)ter 5 bancos menores, do que 1 grande monopólio que nunca é bom. O sistema financeiro manda atualmente no Brasil.
Damião, na atual circustância, 5 bancos menores no lugar de um grande significaria 5 bancos quebrados, clientes na Justiça tentando ressarcir o que tinham aplicado ou depositado e desemprego ainda maior. É claro que vai haver demissões, em todos os escalões, mas não espere uma demissão em massa agora. Em geral, abrem um PDV primeiro. Na compra do Banespa pelo Santander, foi isto que se viu. O mesmo vem ocorrendo com o Real-ABN-Amro, absorvido pelo banco espanhol. Ademais, vale a pena notar que Santander à parte, os bancos estrangeiros não tiveram muito sucesso por aqui - imaginava-se que o Unibanco só poderia ser incorporado por um gringo. Isto também revela solidez da banca nacional. Melhor isto do que ter um mercado financeiro dominado por Citibank, Bofa e outras instituições estrangeiras...
ResponderExcluirVery weel answered Luizao,
ResponderExcluirVilla Lucchese