Abertura da primeira Newsletter do ano! Bom 2021 a todos e todas.
Se 2020 foi fora da curva, este novo ano que chegou promete. Não precisou nem de dez dias para fatos extraordinários acontecerem. Além da volta forte da pandemia, que vem causando muitas mortes mundo afora, a semana que passou foi marcada por uma bizarra invasão de apoiadores do ainda presidente Donald Trump ao Capitólio. Cenas que nem roteiristas de House of Cards ou Designated Survival, duas séries que retratam o dia a dia de presidentes norte-americanos, poderiam imaginar ou julgar críveis aconteceram no mundo real. E na sequência o Twitter anunciou o banimento de Trump de suas redes (uma bobagem que só vai aumentar a audiência do Parler, aplicativo favorito da ultra direita).
Há muita expectativa sobre o que vai acontecer até o dia 20 deste mês de janeiro, quando Biden toma posse em uma cerimônia que não contará com a presença de Trump, algo inédito na “democracia” norte-americana, ao menos nos últimos 150 anos. O que vai acontecer com o atual mandatário quando deixar o poder? Será processado e preso? Pouco provável.
O que deverá ocorrer é um período de silêncio e, depois, pau no governo Biden. Trump é um animal político, não foi eleito à toa e mesmo no ano passado amealhou metade dos votos dos cidadãos de seu país. A direita, em especial sua vertente radical, não vai morrer por inanição, Trump vai fornecer alimento em abundância com sua verborragia popullista.
A questão toda é mais complexa do que parece a um primeiro olhar. O que temos é um país rachado, instável, e não é qualquer país, é apenas a maior potência econômica do planeta. O problema é que os Estados Unidos sempre foram uma nação de extremos, há muita riqueza e há gente morando em trailers, sem qualquer proteção ou ajuda estatal. Não há, Obama até tentou fazer, um sistema de saúde público de qualidade que possa amparar as pessoas. A pandemia apenas deixou evidentes certas contradições que eram latentes e só explodiam em episódios particulares, quando há violência policial contra negros, por exemplo. Ao menos lá isto ocorre, no Brasil a capacidade de reação é bem mais reduzida, infelizmente.
Não vale a pena fazer paralelos entre os dois países, no entanto, porque as realidades são muito diferentes, apesar da similaridade entre os dois presidentes, Trump e Jair Bolsonaro, um óbvio e mau imitador do americano. A verdade é que 2021 será um ano interessante, porque por um lado teremos o início do fim da pandemia, expectativa de dias melhores com a vacina, de retomada da economia, porém agora com novos paradigmas, como a profunda mudança no mundo do trabalho, que jamais será como era antes. Sim, home office veio para ficar, assim como toda uma economia movida por aplicativos e novos meios de pagamentos, pouca gente parece ter se dado conta da rápida e eficente adaptação aos novos tempos pandêmicos. Nesta primeira Newsletter do ano, ficam nossos votos de um feliz 2021 a todos, com muita saúde, paz e prosperidade! (por Luiz Antonio Magalhães em 9/1/21)
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