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União é tudo

A notinha abaixo está no ex-blog do ex-prefeito Cesar Maia (DEM-RJ). Rodrigo Maia, filho de Cesar e presidente nacional do DEM, já manifestou sua preferência pelo nome de Aécio Neves para a disputa presidencial de 2010. Agora o pai parece ter se definido também pelo governador mineiro em detrimento de José Serra, a julgar pelo conteúdo da nota, originalmente publicada na coluna de Monica Bérgamo, da Folha de S. Paulo. Afinal, se Cesar Maia falou o que está abaixo para a jornalista, publicamente, dá para imaginar o que ele diz, privadamente, do marqueteiro Luiz González e de José Serra... Quem acompanhou a campanha de Serra em 2002 vai começar a perceber que o mesmo filme está passando de novo, em câmera lenta.

AINDA SOBRE A INFELIZ ENTREVISTA DE GONZALEZ, O MARQUETEIRO DO PSDB-SP!

(coluna Monica Bergamo - Folha SP, 20/10) O ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM-RJ) diz que gostou "tanto" da entrevista do marqueteiro Luiz González, estrategista de José Serra (PSDB-SP) numa eventual campanha à Presidência, ao jornal "Valor" que fez em seu "ex-blog" um resumo dos "melhores momentos" -aqueles em que González "tratou Dilma como "essa mulher", o Ciro como "nanico" e Marina como "bacana". [González] Estava convencidíssimo na entrevista de que o candidato a presidente era ele", diz Maia. Maia destacou também a "paulistada", em que González definiu SP como lugar de "gente informada, urbanizada, antenada". O marqueteiro não se manifestou sobre as ironias.

Comentários

  1. Veja se essa notícia não é pelo menos curiosa: http://noticias.uol.com.br/ultnot/internacional/2009/10/20/ult1859u1717.jhtm

    Ou seja, mesmo com o teatrinho de vítima do Estadão, o Brasil melhorou no ranking de liberdade ("esforços desenvolvidos pelo governo Lula"), embora ainda tenha problemas em Estados do Norte e Nordeste (vide as filiais da Globo nas mãos dos coronéis do DEM) e em grandes capitais (poderíamos citar o controle do governo estadual na linha editorial dos jornais e revistas paulistas - se na Capital é esse lixo todo, o Interior está ainda pior, vide jornais de Bauru, Piracicaba e Sorocaba, dependentes da verba do Estado e nos quais todo fim de semana sai uma entrevista com um secretário do governo)

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