Pular para o conteúdo principal

Boa observação de leitor

Por e-mail, o leitor deste blog Renato Calado Siqueira envia a mensagem abaixo, acompanhada da matéria publicada na Folha de S. Paulo nesta quarta-feira. Tinha passado batido pelo autor destas Entrelinhas, mas está corretíssima a análise do leitor. É evidente que a diminuição do IPVA não é nem de longe uma vontade do governador José Serra, mas apenas decorrência das particularidades do mercado de automóveis usados. Ora, o preço de venda deste tipo de carro despencou, logo o imposto cai junto, pois é calculado em função do preço. É bom para a candidatura Serra? Sim, é bom, mas o eleitor é mais esperto do que se imagina, vai perceber direitinho que o governo não fez patavinas para que o imposto caísse. Como diz o ditado, quando a esperteza é grande, come o esperto...

Luiz, a materia abaixo dá a entender que o IPVA vai baixar em SP em 2010 mas na verdade o que baixou mesmo foi a base de cálculo do IPVA, que é o valor dos veículos. Será isso mesmo ou é implicância minha?? Por um momento pensei que a FOLHA estava criando um fato positivo para o Serra... tipo, tirando leite de pedra.


IPVA de 2010 cairá entre 10% e 15% em São Paulo

O valor do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) dos carros usados licenciados no Estado de São Paulo, a ser pago no início de 2010, será entre 10% e 15% menor do que o pago no início deste ano, informa Marcos Cézari, em reportagem na edição da Folha desta quarta-feira (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

O lado negativo, no entanto, é que, como o imposto é calculado sobre o valor dos veículos no mercado, significa que o patrimônio do contribuinte está valendo menos, diz a reportagem.

A redução no imposto reflete o corte no IPI dos carros novos, medida adotada pelo governo para combater os efeitos da crise econômica iniciada em setembro de 2008.

A Folha tomou por base o preço de alguns veículos e verificou que, na maioria dos casos, a queda fica entre 10% e 15%. Os carros mais "novos" (com um a três anos de uso) tendem a ter quedas maiores devido à desvalorização natural nos primeiros anos de uso. Já os carros mais "velhos" (acima de cinco ou seis anos de uso) tendem a ter quedas menores porque o preço desses veículos "cai menos" com o passar do tempo.

A Secretaria da Fazenda paulista ainda não sabe de quanto será a queda média do imposto a ser pago entre janeiro e março de 2010, uma vez que os dados para estabelecer a média de preços ainda estão sendo compilados e serão divulgados no dia 30 deste mês.

Comentários

  1. A imprensa está garimpando notícias favoráveis ao zé pedágio... eles sabem que ano que vem é tucano assado ao molho de ervas.

    ResponderExcluir
  2. No vamos a esquecer os sonhos do irmão Elton, espero que un dia em Porto Alegre seja dedicado em memória desse martire do MST.
    Eu no vou parando de sonhar em um pais + justo com:
    -saúde
    -educação
    -trabalho
    PARA TODOS!!
    NO a criminalizar o MST
    SIM a uma "verdadeira" reforma agraria.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...

Dica da semana: Nine Perfect Strangers, série

Joia no Prime traz drama perturbador que consagra Nicole Kidman  Dizer que o tempo não passou para Nicole Kidman seria tão leviano quanto irresponsável. E isso é bom. No charme (ainda fatal) de seus 54 anos, a australiana mostra que tem muita lenha para queimar e escancara o quanto as décadas de experiência lhe fizeram bem, principalmente para composição de personagens mais complexas e maduras. Nada de gatinhas vulneráveis. Ancorando a nova série Nine Perfect Strangers, disponível na Amazon Prime Video, a eterna suicide blonde de Hollywood – ok, vamos dividir o posto com Sharon Stone – empresta toda sua aura de diva para dar vida à mística Masha, uma espécie de guru dos novos tempos que desenvolveu uma técnica terapêutica polêmica, pouco acessível e para lá de exclusiva. Em um lúdico e misterioso retiro, a “Tranquillum House”, a exotérica propõe uma nova abordagem de tratamento para condições mentais e psicossociais manifestadas de diferentes formas em cada um dos nove estranhos, “...

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda...