Diz-se que a melhor forma de se medir a notoriedade pública de alguém é perguntar a um taxista se conhece determinada pessoa. Fiz esse exercício várias vezes quando regressava ao Brasil, na viagem do aeroporto ao hotel. Perguntava de diversas formas se conheciam o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, e a resposta era invariavelmente a mesma: não conheciam. Contentava-me com a satisfação de saber que conheciam seu trabalho, suas obras, muitas delas já referências coletivas da cidade. Paulo Mendes da Rocha era orgulhosamente um “arquiteto brasileiro”, “do mundo novo”, como tantas vezes o ouvi dizer com um certo sentido de otimismo, escreve o português Nuno Sampaio em bela homenagem ao arquiteto brasileiro morto nesta semana, em texto publicado no site Brazil Journal. Continua a seguir. No ano passado, quando doou à Casa da Arquitectura - Centro Português de Arquitectura, localizado aqui em Matosinhos, a totalidade do seu acervo profissional com cerca de 8.000 desenhos, 3.000 fotografias e sl...
Cultura, Mídia & Política por Luiz Antonio Magalhães