Pular para o conteúdo principal

Folha ignora popularidade de Lula

O jornal Folha de S. Paulo ignorou solenemente na primeira página desta terça-feira o recorde de popularidade do presidente Lula aferido pelos institutos Ibope e Sensus. Não deu uma mísera chamada. Outros assuntos, certamente mais relevantes, mereceram chamadas na capa, como os que seguem abaixo:

Dentistas são autorizados a adotar hipnose e acupuntura
Câmara pode efetivar donos de cartórios sem concurso
Voluntários e militares furtam doações a vítimas da chuva em SC
Em assalto em SP, executivo do Citibank é morto
Prédios de Brasília necessitam adaptação para o inchaço de pessoal, diz Niemeyer


Este blog tem um palpite: se José Serra fosse o editor da primeira página da Folha, teria o recado de botar uma notinha sobre a popularidade presidencial. Talvez no lugar dos dentistas acupunturistas, uma vez que acupuntura é coisa lá do Geraldo Alckmin...

Comentários

  1. É por essas e outras que o PIG/PIC vai sendo cada vez mais ignorado e desprezado por grande parte da verdadeira opinião pública. O tempo dessa gente reacionária, arrogante, prepotente, manipuladora, egoísta, mesquinha, hipócrita, cruel, está chegando ao fim e, lá no fundo da consciência de cada uma dessas pessoas, elas pressentem isso, o que lhes causa pânico e desespero.

    ResponderExcluir
  2. Olá Luiz,

    eu sou estudante de jornalismo e queria saber aonde poço comessar a escrever?

    Não quero escrever para um jornal de Direita, muito menos de Esquerda e de Centro, nem pensar.

    Porriso gostaria de saber sua opinião: Você é de Isquierda, Volver, Direira, Centro, Extrema, Centro, Mas no Meio do Centro mais a Esquerda...

    Enfim Caros Amigos ou Exame? Carta Capital Ou Veja....

    ResponderExcluir
  3. Isso explica, em parte, por que os jornais não estão conseguindo nem mais fazer a cabeça dos ricos e escolarizados, haja vista que o presidente vem tendo boa avaliação também nesses segmentos. O jornais saem dizendo que o país vai à bancarrota, mas vem os dados e desmentem; falam que Lula somente se segurava por conta da bonança internacional, mas vem a maior crise dos últimos 80 anos e o país se sai melhor do que muitas nações que eram tidas como mais sólidas. Sobre isso, aliás, escrevi texto em meu blog: http://sidnei-quasetudo.blogspot.com (com as desculpas por ficar indicando o próprio texto).

    ResponderExcluir
  4. Seria um excelente comentário se não fosse por um pequeno detalhe: a Folha não dá destaque a pesquisas de opinião feitas por concorrentes (como se sabe, a Folha tem o seu próprio instituto de pesquisas, o Datafolha). Apuração é bom e não faz mal a nenhum jornalista.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue

OCDE e o erro do governo na gestão das expectativas

O assunto do dia nas redes é a tal negativa dos Estados Unidos para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Enquanto os oposicionistas aproveitam para tripudiar, os governistas tentam colocar panos quentes na questão, alegando que não houve propriamente um veto à presença do Brasil no clube dos grandes, a Série A das nações. Quem trabalha com comunicação corporativa frequentemente escuta a frase "é preciso gerenciar a expectativa dos clientes". O problema todo é que o governo do presidente Bolsonaro vendeu como grande vitória a entrada com apoio de Trump - que não era líquida e certa - do país na OCDE. Ou seja, gerenciou mal a expectativa do cliente, no caso, a opinião pública brasileira. Não deixa de ser irônico que a Argentina esteja entrando na frente, logo o país vizinho cujo próximo governo provavelmente não será dos mais alinhados a Trump. A questão toda é que o Brasil não "perdeu", como o pobre Fla-Flu que impe