Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha divulgada nesta sexta-feira revela que a aprovação do povo brasileiro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu novo recorde, alcançando espantosos 70% de "ótimo" ou "bom".
Lula é mesmo um fenômeno. Desde o final de setembro, os jornais, a televisão e o rádio só falam em uma coisa – na crise financeira mundial. Uns mais outros menos, o tom geral é o de que uma tragédia está em curso. Todo dia tem notícia ruim e péssima, todo dia o brasileiro fica sabendo que sua alegria vai ficar triste logo mais. Com tal clima, era de se esperar que a popularidade do presidente despencasse, mas não foi isto que se viu. Ao contrário, subiu 6 pontos percentuais. Hoje, no Brasil, apenas 7% da população acha o governo Lula ruim ou péssimo.
Não deixa de ser curioso que a notícia da popularidade tenha sido publicada no mesmo dia em que os jornalões repercutiam a nova gafe presidencial, do "sifu", que já se tornou célebre. Entre os blogs direitosos, não se fala em outra coisa e o lapso chega a ser atribuído ao excesso de consumo daquela água que passarinho não bebe. O autor deste blog viu e reviu a cena e assistiu também outros trechos do discurso. Não há a menor dúvida: Lula já tinha pensando no exemplo que ia dar e preparou a piada. Não foi um "improviso", como tantos analistas andam dizendo, mas algo programado. No fundo, o "sifu" ajuda a entender a alta popularidade de Lula: ele é um grande comunicador e fala a linguagem que o povão entende. Neste episódio em particular, a intenção era corrigir o rumo da postura adotada no enfrentamento da crise. Para não cair no ridículo de ter um discurso otimista em meio ao caos econômico da maior crise do capitalismo desde 29, Lula explicou que agia como o médico que pega um paciente doente e tenta animá-lo. Para ficar mais claro, sapecou a frase: "vocês não diriam ao paciente: meu, sifu..."
Ora, é evidente que dito assim, qualquer um entende: o presidente sabe da gravidade da crise, mas não pode agir demonstrando preocupação ou desespero. É o mínimo que se espera de um líder...
Mas o mais interessante no aumento da popularidade aferido pelo Datafolha é que ele se deu entre os mais ricos e escolarizados, que normalmente são os que mais rejeitam o presidente-operário. Segundo cientistas políticos ouvidos pela reportagem do DCI, a razão deste movimento é simples: a classe média "sentiu firmeza" nas ações do governo Lula depois que a crise começou. Até agora, todos diziam que ele "não tinha sido testado" em uma situação de crise (o que é mentira, porque o mensalão foi uma crise, na esfera política) e que iria sucumbir se algo mais grave acontecesse. Bem, o fato é que as medidas tomadas pelo governo tem sido elogiadas até pela oposição. Ok, a crise está só começando, mas até aqui, Lula já demonstrou que não tem medo de cara feia e vai trabalhar com os instrumentos que tem para tentar evitar o pior para o Brasil. Não é pouca coisa...
Lula é mesmo um fenômeno. Desde o final de setembro, os jornais, a televisão e o rádio só falam em uma coisa – na crise financeira mundial. Uns mais outros menos, o tom geral é o de que uma tragédia está em curso. Todo dia tem notícia ruim e péssima, todo dia o brasileiro fica sabendo que sua alegria vai ficar triste logo mais. Com tal clima, era de se esperar que a popularidade do presidente despencasse, mas não foi isto que se viu. Ao contrário, subiu 6 pontos percentuais. Hoje, no Brasil, apenas 7% da população acha o governo Lula ruim ou péssimo.
Não deixa de ser curioso que a notícia da popularidade tenha sido publicada no mesmo dia em que os jornalões repercutiam a nova gafe presidencial, do "sifu", que já se tornou célebre. Entre os blogs direitosos, não se fala em outra coisa e o lapso chega a ser atribuído ao excesso de consumo daquela água que passarinho não bebe. O autor deste blog viu e reviu a cena e assistiu também outros trechos do discurso. Não há a menor dúvida: Lula já tinha pensando no exemplo que ia dar e preparou a piada. Não foi um "improviso", como tantos analistas andam dizendo, mas algo programado. No fundo, o "sifu" ajuda a entender a alta popularidade de Lula: ele é um grande comunicador e fala a linguagem que o povão entende. Neste episódio em particular, a intenção era corrigir o rumo da postura adotada no enfrentamento da crise. Para não cair no ridículo de ter um discurso otimista em meio ao caos econômico da maior crise do capitalismo desde 29, Lula explicou que agia como o médico que pega um paciente doente e tenta animá-lo. Para ficar mais claro, sapecou a frase: "vocês não diriam ao paciente: meu, sifu..."
Ora, é evidente que dito assim, qualquer um entende: o presidente sabe da gravidade da crise, mas não pode agir demonstrando preocupação ou desespero. É o mínimo que se espera de um líder...
Mas o mais interessante no aumento da popularidade aferido pelo Datafolha é que ele se deu entre os mais ricos e escolarizados, que normalmente são os que mais rejeitam o presidente-operário. Segundo cientistas políticos ouvidos pela reportagem do DCI, a razão deste movimento é simples: a classe média "sentiu firmeza" nas ações do governo Lula depois que a crise começou. Até agora, todos diziam que ele "não tinha sido testado" em uma situação de crise (o que é mentira, porque o mensalão foi uma crise, na esfera política) e que iria sucumbir se algo mais grave acontecesse. Bem, o fato é que as medidas tomadas pelo governo tem sido elogiadas até pela oposição. Ok, a crise está só começando, mas até aqui, Lula já demonstrou que não tem medo de cara feia e vai trabalhar com os instrumentos que tem para tentar evitar o pior para o Brasil. Não é pouca coisa...
Luiz, já faz algum tempo que considero o Presidente Lula o maior/melhor presidente que este país já teve, embora também reconheça a grandeza de Getúlio Vargas e de JK. Mas o Lula possui um admirável conjunto de qualidades, habilidades e experiências que, na minha opinião, o torna tão qualificado para o justo exercício do cargo de Presidente da República deste país, a ponto de superar aquelas grandes figuras políticas. Vou dizer uma coisa que muitos ou não acreditam ou têm medo ou vergonha de falar, mas estou certo de que o Lula veio a este mundo com a grande missão de se tornar um dia Presidente da República deste país para ajudar nas grandes mudanças pelas quais o Brasil e o próprio mundo estavam passando e iriam passar principalmente a partir do final do século XX e início do século XXI. O ambiente miserável em que Lula nasceu e viveu na infância e adolescência; a fome que chegou a passar com a sua família; a sua migração para o Estado de São Paulo - rico e com uma elite muito conservadora e reacionária; os preconceitos de que foi vítima seja por ser nordestino, seja por ser pobre, depois por não ter feito curso superior; as humilhações pelas quais passou; a compreensão das enormes mazelas e injustiças sociais alcançada a partir das próprias vivências pelas quais passou e que presenciou familiares, amigos, conhecidos, colegas de trabalho, entre outros, também passando; tudo isso foi fundamental para que ele compreendesse profundamente o grande sofrimento do enorme contingente de marginalizados e excluídos pela sociedade. E a partir de todas essas experiências e da compreensão alcançada a partir delas, Lula foi sendo levado a exercer funções e a ocupar cargos (como, por exemplo, o cargo de Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC; um dos fundadores do PT; um dos fundadores da CUT; Presidente do PT; deputado federal; etc) que o foram preparando de modo apropriado a ocupar o cargo que a vida havia reservado para ele: o de Presidente da República. Quero deixar claro que não estou falando de um destino inexorável ou de fatalismo. Ou seja, as pessoas têm tendências fortes, há forças que entram em jogo, mas as pessoas também fazem escolhas, de modo que as pessoas podem vir a este mundo para cumprir esta ou aquela missão, mas certamente a grande maioria não a cumpre, porque se perde em vícios e em escolhas erradas ou impróprias. Esse é um assunto muito profundo e importante, mas desconhecido ou pouco conhecido para a maioria das pessoas, de modo que não vou me estender mais. O ponto importante aqui é que Lula a meu ver está ocupando, como Presidente da República, o lugar que lhe estava destinado e que ele tinha todo o potencial para exercê-lo com mestria, sendo que as experiências e lições da vida o ajudaram a trazer à tona e desenvolver todo o potencial que ele já trazia, como uma semente que já traz a árvore dentro dela, mas para germinar, crescer e frutificar necessita de solo apropriado, sol, água, etc. Grande Lula!
ResponderExcluirMuito bom o comentário do Jonas.
ResponderExcluircresce a popularidade no sudeste, jovens, classe média. agora o Pig perdeu o norte.
ResponderExcluirO tricolor é hexacampeão!!!
ResponderExcluirO resto sifu....
Daqui 50 anos, pesquisadores (historiadores, sociólogos, antropólogos, linguistas) irão mergulhar na trajetória de Lula para buscar compreender como um homem pode ter tanta facilidade na comunicação com o povo. Lembram quando o presidente passou um "pito" nos jogadores da seleção brasileira de futebol? Os mesmo ficaram com raivinha... mas o povo aplaudiu, tinham a mesma opinião do presidente, se encontraram naquela opinião. Muitos, inclusive, disseram que o presidente deveria se preocupar com coisas mais importantes. Mas para o povo aquilo era immportante. Este blog mesmo, acho que por duas vezes, já constatou que o que é importante para intelectuais e jornalistas não é necessariamente importante para o povo.
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