Partido oriundo de um cisma no PT, o PSOL vive um momento delicado que pode marcar o seu futuro. Depois de desistir de apoiar Marina Silva, vive um dilema interessante para escolher o seu candidato à presidência. São três os concorrentes: os ex-deputados Babá e Plínio de Arruda Sampaio e Martiniano Cavalcante, o candidato de Heloísa Helena. Olhando os nomes, a escolha deveria ser óbvia: Plínio Sampaio é o mais experiente, preparado, tem história e presença na política brasileira desde a década de 1960. Só que o favorito é Martiniano, porque Helena manda no partido da mesma forma que Lula manda no PT. No fundo, o PSOL reproduz a mesma dinâmica interna do partido com o qual seus principais líderes romperam. Não deixa de ser irônico. Plínio seria um excelente candidato em 1998, para enfrentar a reeleição de FHC, mas Lula cortou as asinhas de todos que se assanharam – Tarso Genro foi outro que articulou uma candidatura presidencial naquele ano. Hoje, Plínio não tem nenhuma motivação pessoa...
Cultura, Mídia & Política por Luiz Antonio Magalhães