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Pesquisas e a tendência eleitoral para presidente

Euforia contida de um lado, desalento completo de outro. A pesquisa CNI/Ibope que revelou a virada no cenário eleitoral, com Dilma Rousseff cinco pontos à frente de José Serra está provocando uma verdadeira guerra nos bastidores da pré-campanha.

No QG tucano, este blog apurou que o clima anda pesado e o marqueteiro Luiz Gonzalez já sofre alguns questionamentos internos. De fato, alguma coisa não está funcionando muito bem, ou Serra ainda estaria na frente da ex-ministra. O problema todo é identificar o que vai mal, e é aí que o bicho pega, porque nem sempre a culpa é do pobre marqueteiro. As reclamações contra "o espanhol" são mais um sintoma do que propriamente a solução dos problemas da candidatura presidencial tucana, errada em sua essência ao apostar tão fortemente no recall do ex-governador de São Paulo. Recall, como se sabe, não é tudo e este blog acredita que fosse Aécio Neves o candidato, o cenário seria bem outro.

Do lado petista, porém, vale a pena lembrar que caldo de galinha e um pouco de prudência não fazem mal a ninguém. Imbatível, neste momento, só o presidente Lula e seus 80% de aprovação popular. Um terceiro mandato seria a coisa mais fácil de se obter, mas o presidente preferiu preservar a sua biografia e vai jogando dentro das regras que já haviam sido estabelecidas, ao contrário de seu antecessor, que virou a mesa durante a partida. Mas também nunca é demais lembrar que a eleição de Lula estava garantida para o primeiro turno em 2006 e só não aconteceu por causa da montanha de dinheiro que apareceu no colo dos aloprados do partido.

Tudo somado, resta evidente que existe, sim, uma tendência em curso, qual seja a do crescimento de Dilma e estagnação ou até certa queda de Serra nas pesquisas. Além do paulistanês marcado do candidato do PSDB, o carisma, ou a falta dele, também não ajuda muito. Marina Silva ainda não disse a que veio, mas conta com a expressiva preferência de 9% do eleitorado. Não é pouca coisa para alguém com baixa exposição na imprensa e mídia em geral.

Este blog continua apostando que em um cenário como o atual, a eleição será decidida no primeiro turno. Dilma já é a favorita, e salvo uma hecatombe que afete profundamente a economia nacional - cenário altamente improvável -, a tendência é mesmo a de mais um mandato petista no comando do país. Serra pode vencer, mas vai precisar acertar todos os seus movimentos e ainda esperar que a adversária erre bastante. Realmente, está ficando complicado para o PSDB e cada vez que as coisas se tornam dificeis no ninho tucano, é grande a chance de desavenças internas que só pioram as coisas para o candidato. Quem viver, verá...

Comentários

  1. A desavença começou já começou. O DEMO já ameaça abandonar o barco que afunda!!!

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  2. O Paulo Henrique Amorim brincava, lá pelos idos de 2007: "Serra, o presidente eleito", lembra-se? Luis Nassif, por seu turno, sempre tocando no ponto de que Serra tinha nas mãos o governo de São Paulo, um estado que poderia mostrar ao resto do Brasil a o que ele veio. Pois bem. Você, Luiz Antonio, agora mata a charada dizendo que a besteira de Serra e do PSDB foi acreditar no tal recall. O arrogante político paulista realmente acreditou que era o "presidente eleito" esperando pela posse em janeiro de 2011, que poderia simplesmente empurrar o governo de São Paulo com a barriga. Claro, neste plano não faltaria a imprensa,certamente (a bem da verdade, a única que segue a risca seu papel nesta trama). Mas, pelo jeito, para ganhar uma eleição, precisaria bem mais do que isso, ou melhor, não muito mais do que isso: talvez bastasse ter governado um pouquinho só o estado de São Paulo!

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