José Serra está com um problemão no Rio de Janeiro: Fernando Gabeira bateu o pé e rejeita a aliança com o DEM de Cesar Maia, pré-candidato ao Senado. O PSDB quer a aliança completa - PV, PPS, Democratas e os próprios tucanos - para compor a chapa no Rio. A rigor, Serra não teria palanque algum, pois Gabeira pedirá votos para Marina Silva. Porém, com a aliança, Cesar Maia e o candidaot a vice-governador - o tucano Márcio Fortes - fechariam com Serra. Sem Maia na aliança, o PV lançaria Aspásia Camargo ao Senado, reduzindo as chances de vitória do pai do presidente do DEM, Rodrigo Maia, o mesmo que faz algumas semanas disse que Gabeira estava "de TPM" e voltaria atrás para garantir a sua própria eleição, uma vez que "o posto nove não elege ninguém" (uma elegante referência ao eleitorado de Gabeira, majoritariamente da zona sul do Rio).
Este blog acha que Gabeira está correto em rejeitar a aliança com Maia porque o seu eleitorado realmente não entenderia tal união. E acha que desenlace mais provável é Serra convencer Maia a concorrer à Câmara Federal, retirando a sua candidatura. O problema é todo este: convencer Cesar Maluco e Bob Filho a esquecerem as desavenças com o eminente líder verde. Não é tarefa fácil, mas impossível, também não é...
Este blog acha que Gabeira está correto em rejeitar a aliança com Maia porque o seu eleitorado realmente não entenderia tal união. E acha que desenlace mais provável é Serra convencer Maia a concorrer à Câmara Federal, retirando a sua candidatura. O problema é todo este: convencer Cesar Maluco e Bob Filho a esquecerem as desavenças com o eminente líder verde. Não é tarefa fácil, mas impossível, também não é...
Lições da tragédia
ResponderExcluirPolitização e sensacionalismo contaminaram as análises sobre os desastres provocados pelas chuvas no Sudeste.
Caso São Paulo não fosse governado por José Serra, haveria um escândalo perante o despreparo material da Defesa Civil e dos Corpos de Bombeiros no atendimento imediato às vítimas. Não se trata de incompetência, mas de negligência administrativa: as cidades ribeirinhas do Estado continuam entregues às próprias sortes. Também seria a última vez que esses governantes descarados escapariam de fornecer satisfações sobre as fortunas incalculáveis empenhadas nas obras das marginais paulistanas.
As autoridades fluminenses são historicamente omissas na questão das moradias irregulares. Elas preferem assistir ao martírio dos desvalidos a agir com o rigor da legalidade, politicamente desgastante. É óbvio que as famílias alojadas em situação periclitante precisam ser removidas. Apenas imbecis podem sugerir pretexto “social” para manter a seres humanos pendurados em precipícios, à mercê de temporais.
A sociedade precisa reagir à hipocrisia surpresa dos governantes. Ninguém esperava que aqueles casebres de papelão, montados nas enlameadas encostas de morros íngremes, fossem obedecer à lei rudimentar da gravidade? O que as oligarquias conservadoras que dominam São Paulo há quase três décadas fizeram para prevenir o alagamento das ruas da capital, salvo reclamar da atmosfera?
Não se iludam: no ano que vem, as chuvas voltarão. E as verdadeiras responsabilidades passarão incólumes, novamente, até nova mortandade.
A impressão que dá nesse caso é que Gabeira sabe que fica dificil explicar para seu eleitorado o apoio do Cesar Maia. Mas sem esse apoio Gabeira não se elege. É como o apoio do Maluf em SP. Todo mundo precisa dos votos dele mas ninguém quer aparecer com ele na foto.
ResponderExcluirEstranho... achei que o Gabeira já tinha voltado mudado de idéia e aceitava César Mala na coalizão... lí no O Globo!!!
ResponderExcluirTbm não gosto do César Maluco, mas dizem que ele foi um bom prefeito para o funcionalismo municipal... os mesmos que viajaram no feriadão e não votaram em Gabeira.
Agora que eles já sabem QUEM É Eduardo Paes ( e por tabela Sérgio Cabral) talvez tendessem à votar em Gabeira por influência do Napoleão dos trópicos!