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Fim da pandemia e as perspectivas para 2022

 A Newsletter da LAM Comunicação está de volta. Abertura da news abaixo.


Ao contrário do que ocorreu nos EUA e Europa, o Brasil até agora não foi afetado pelas novas variantes do coronavírus, felizmente. A cada semana, a média móvel de mortes e novos casos vem diminuindo e diversos municípios já flexibilizaram os protocolos mais rígidos, inclusive o uso de máscaras ao ar livre. Claro que a pandemia ainda não terminou, é preciso estar atento às tendências no mundo, mas o fato é que neste momento os brasileiros estão retomando as atividades presenciais com mais segurança, inclusive pelo avanço da vacinação. São Paulo, por exemplo, vacinou mais do que os EUA e as nações mais populosas da Europa, tendo requisitado autorização para iniciar a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos de idade. 

E qual será o impacto desta melhoria para o país? Na prática, a retomada da economia deve ocorrer lentamente, segundo as últimas projeções do mercado financeiro, até porque a situação se deteriorou muito neste ano. Inflação alta, juros apontando para a casa de dois dígitos, dólar nas alturas e uma taxa de desemprego obscena fazem parte do cenário atual. 

As atuais projeções dos grandes bancos brasileiros indicam crescimento negativo em 2022, mesmo com a base bastante frágil deste ano, o que significa um grande problema para quem está no poder e deve tentar a reeleição. O presidente Jair Bolsonaro certamente sabe disto, e tem apostado em radicalizar seu discurso, a fim de manter sua base de apoiadores fiéis. Apesar de todos os problemas que vem enfrentando, o presidente segue com aprovação de cerca de 25% dos brasileiros, o que lhe garante uma vaga no segundo turno. A outra vaga, de acordo com as pesquisas, é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em algumas enquetes fica próximo de levar a eleição já no primeiro turno. 

Claro, ainda há falta muito tempo para o pleito e é possível que uma terceira via se viabilize até outubro do próximo ano, mas esta hipótese também é pouco provável em função da quantidade de postulantes à tal terceira via. A esperança do presidente Bolsonaro é justamente disputar o segundo turno contra Lula, apostando no antipetismo, sentimento que decidiu a eleição de 2018, mas que talvez já não seja mais tão forte em 2022.  (por Luiz Antonio Magalhães em 7/11/21)  



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