As quedas nas bolsas de valores mundo é sinal de uma nova crise econômica mundial ou representa apenas um ajuste nos mercados de capitais? A maior parte dos economistas diz que é só um ajuste e logo as coisas se ajeitam de novo. Nenhum risco para os emergentes, em especial o Brasil. Há, no entanto, umas poucas vozes dissonantes que apostam no início de uma grande crise de proporções mais graves, com possíveis consequências para o mundo todo, incluindo o Brasil. Como diria o ex-prefeito paulistano Reynaldo de Barros, "pelo cheiro da brilhantina" a coisa está mais para um espirro chinês do que para um novo Crack de 29. A ver.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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