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Mostrando postagens de julho, 2006

Kapaz recebeu empresários para ouvir Alckmin

O ex-deputado federal Emerson Kapaz agora nega o engajamento na campanha de Geraldo Alckmin (PSDB). Os tucanos fazem de conta que não sabem que apito toca o suspeito de envolvimento na máfia das ambulâncias. Até aqui, tudo certo, afinal cada um diz e acredita no que quiser. O que complica as versões, porém, são os fatos. O texto abaixo é a parte final de reportagem publicada na edição 854 da revista Exame , da editora Abril, em outubro do ano passado. Naquela época, pelo que se pode verificar na matéria, Kapaz e os tucanos estavam se entendendo muito bem. De lá para cá, pelo visto, a relação piorou bastante. "Alckmin foi o ponto de equilíbrio entre os dois extremos. "Ele passa a imagem de alguém que sabe administrar na escassez. Um administrador capaz de dar um choque de gestão no governo", diz Horacio Lafer Piva, membro do conselho de administração da Klabin. Essa boa impressão pôde ser constatada num jantar que o empresário Emerson Kapaz, presidente do Instituto Etco,

Assessoria de Kapaz nega participação do ex-deputado na campanha de Geraldo Alckmin

A assessoria do ex-deputado federal Emerson Kapaz informou à reportagem do jornal DCI que ele não fazia parte da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), conforme noticiado pela Folha de S. Paulo no sábado. Fontes tucanas também negaram a participação de Kapaz na campanha e disseram "estranhar" a notícia da Folha .

E se o arrecadador de Lula fosse um sanguessuga?

Os grandes jornais brasileiros estão dando pouca importância para o fato do ex-deputado federal Emerson Kapaz aparecer na lista da máfia das ambulâncias. Até a semana passada, no entanto, Kapaz não era apenas o presidente do instituto Etco e integrante da Transparência Brasil. Era também um dos principais arrecadadores da campanaha presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB), segundo informou a Folha de S. Paulo . O jornal, no entanto, não achou que o afastamento de Kapaz da função merecesse mais do que um registro no meio de uma matéria sobre os problemas de Alckmin – a saída de José Aníbal da coordenação era o outro revés sofrido nos últimos dias (leia abaixo a íntegra da matéria da Folha , publicada no sábado, 29/7). Baixas na tesouraria atrapalham Alckmin JOSÉ ALBERTO BOMBIG e CATIA SEABRA A pouco mais de dois meses do primeiro turno da eleição, a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) a presidente enfrenta dificuldades na arrecadação de recursos financeiros e atrasa o cr

Saulo de Castro Abreu Filho responde

Após uma semana de recesso, o Entrelinhas está de volta. E antes de passar aos temas novos, este blog publica abaixo um esclarecimento do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, sobre a nota Serra não defende Saulo, que ataca a imprensa , do dia 13 de julho. A explicação de Saulo é bem razoável, mas a verdade é que o secretário poderia ter deixado sua versão mais clara já durante a entrevista coletiva concedida logo no início da segunda onda de ataques do PCC, que originou a polêmica. Leia a seguir a íntegra do documento enviado por Saulo: "Como secretário responsável pela segurança do Estado de São paulo, tenho recebido informações, vindas da área de inteligência da polícia, de que a lista de presos que seriam transferidos para o presidio federal de Catanduvas (PR) foi, mesmo, a razão da nova onda de ataques da facção criminosa. A especulação em torno da existência da lista e de sua composição foi captada em gravações, autorizadas pela Ju

Uma semana sem Entrelinhas e o que vem por aí

Por motivo de força maior – o cumprimento de uma das quatro semanas de férias a que todos os trabalhadores formais ainda têm direito –, este blog não atualizará nos próximos 7 dias. Nesta semana em que o Entrelinhas fica fora do ar, uma nova pesquisa eleitoral deverá agitar o cenário político. O Ibope já está realizando o campo de seu maior levantamento até aqui (os dados estavam programados para serem colhidos entre os dias 21 e 25/7) . Além das eleições presidenciais, o instituto vai pesquisar os cenários em diversos estados, incluindo simulações sobre o pleito para Câmara Federal e Senado. Como a amostra pesquisada deverá ser maior, é provável que os resultados só sejam divulgados mais para o final da semana. Este blog não consulta videntes, mas conseguiu prever o que aconteceria no último Datafolha. Para a pesquisa Ibope, seguem as previsões: Lula deve cair mais do que nas demais enquetes, porque na pesquisa anterior do Ibope, que foi feita em junho, estava com 48%. Os números deve

Kapaz, Serra e os sanguessugas de Veja

A revista Veja desta semana traz uma nova lista dos parlamentares e ex-parlamentares envolvidos no escândalo da máfia das ambulâncias. Com os novos "sanguessugas", a lista chega a 112, além dos 57 revelados pela CPI que investiga o caso. É sempre muito complicado confiar em Veja , a mesma revista que publicou, assumindo que a apuração de seus repórteres não conseguiu provar a existência do que estava sendo revelado, a tal conta do presidente Lula no exterior. Segundo a bizarra explicação dos editores de Veja , apesar da conta não ser verdadeira, a publicação de sua "existência não confirmada" era fato jornalístico relevante porque o governo poderia estar sendo "chantageado" com os rumores sobre o dinheiro do presidente no exterior. Assim, tendo em mente a baixa confiabilidade de Veja , o que se pode dizer agora é que se a CPI dos Sanguessugas confirmar os nomes publicados na revista e os fatos relatados na reportagem, há duas grandes novidades no caso. E

Perguntar não ofende. Ou ofende?

Nenhum repórter até agora questionou o ex-prefeito José Serra, candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, sobre o desempenho de seu sucessor, Gilberto Kassab (PFL), na presquisa do Datafolha acerca da avaliação do governo municipal. Kassab conseguiu a expressiva taxa de 16% de aprovação. Do total de entrevistados, 33% acham que ele faz um governo ruim ou péssimo. Os demais avaliam a gestão como "regular". Serra era o prefeito até anteontem e deixou praticamente toda a sua equipe trabalhando ao lado de Kassab. O pessoal das redações deve achar que a opinião de Serra sobre o desempenho de seu vice não é boa pauta – até agora, ninguém teve a idéia de questionar o candidato.

Wagner Iglécias: O fator Heloísa Helena

Em seu artigo semanal para este blog, o cientista político Wagner Iglécias analisa a subida nas pesquisas da candidata do PSOL à presidência da República. Abaixo, o artigo do professor. Nestes dias tão fugazes em que vivemos, nos quais tudo vira produto e os produtos são consumidos e descartados uns após os outros, o personagem da semana no cenário político foi a senadora Heloísa Helena, candidata a presidente da república pelo PSOL. Heloísa tem sido motivo de preocupação para a campanha de Lula, e motivo de festa entre tucanos e pefelistas, já que sua ascensão nas pesquisas de intenção de voto indica a possibilidade de que Lula não consiga liquidar a fatura já em primeiro turno, como parecia certo há algumas semanas. Dados de pesquisas de vários institutos já vinham mostrando uma melhoria do desempenho da senadora alagoana, e a última pesquisa do instituto Datafolha mostra que Heloísa pulou de 6% para 10% das intenções de voto. O crescimento dela se deu em várias faixas do

Folha esconde má performance de Kassab

A edição desta quinta-feira da Folha de S. Paulo dificilmente poderia ser mais favorável aos candidatos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, especialmente o primeiro. Senão vejamos: o jornal, por meio do instituto Datafolha, realizou uma série de pesquisas sobre as intenções de voto para presidente, governadores de alguns estados e também sobre a avaliação do governador Cláudio Lembo e do prefeito Gilberto Kassab, ambos do PFL e vices de Alckmin e Serra, respectivamente. Pois bem, o jornal destacou na manchete a vitória, em primeiro turno, do candidato Serra. As avaliações de Lembo e Kassab apareceram apenas em pequena chamada de capa – a reprovação a Lembo subiu 9 pontos e o prefeito Kassab é aprovado por apenas 16% dos paulistanos. Nas páginas internas, porém, é que a manipulação aparece com maior nitidez: a Folha jogou para a página C-5, no caderno Cotidiano, a avaliação de Kassab, dissociando completamente a performance do prefeito do desempenho eleitoral do seu antecessor, o c

A personagem da semana

Charge do Agê que estará na edição do DCI desta quinta-feira

Serra é vaiado em velório de Cortez

Nota da Agência Estado informa que o candidato do PSDB ao governo de São Paulo foi vaiado ao chegar no velório do ator Raul Cortez. O tucano também recebeu aplausos, mas causa estranheza que tenha sido vaiado em um ambiente desses. Cortez apoiou Serra na campanha presidencial de 2002 e era um ator politizado, que por diversas vezes se manifestou a favor de políticos do PSDB. Há duas hipóteses para explicar as vaias: ou o mar não está para peixe e a população realmente se irritou com a classe política em geral; ou foi uma reação à notória antipatia do candidato tucano, que muitas vezes consegue passar a imagem de arrogante até quando tenta ser simpático. Os tucanos, é claro, dirão que foi um ato isolado, provavelmente praticado por petistas de plantão, instruídos para provocar Serra justamente em um ambiente repleto de tucano. Como se sabe, teoria conspiratória é uma das especialidades dos quadros do PSDB, que até já conseguiram vincular o PT ao PCC...

Cada um com seus problemas...

Charge do Agê, publicada na edição desta quarta-feira do DCI

Uma boa análise sobre os números do Datafolha

Vale a pena ler o texto abaixo, do colunista Fernando Rodrigues, do jornal Folha de S. Paulo . Ele é um dos bons leitores de pesquisas que há no Brasil e mantém, em seu site , um belo banco de dados com as enquetes dos principais institutos de pesquisa sobre eleições e avaliação de governo. Abaixo, a íntegra do texto de Rodrigues. 2006 repete 1998 Fernando Rodrigues BRASÍLIA - O Datafolha mostra Lula e Alckmin no mesmo lugar -oscilaram para baixo, mas dentro da margem de erro. O petista saiu de 46% para 44%. O tucano, de 29% para 28%. A novidade ficou com Heloísa Helena (PSOL), a única a registrar crescimento real, de 6% para 10%. Os nanicos não se mexeram e somam, juntos, só 3%. Duas conclusões iniciais: 1) a pesquisa é boa para Lula, desalentadora para Alckmin e excelente para a senadora Heloísa Helena; e 2) há muita semelhança nos números entre a campanha reeleitoral de Lula e a de FHC em 1998. No caso de Lula, os números são bons porque o petista se manteve onde estav

Gente fina é outra coisa

O jornalista Reinaldo Azevedo foi rápido no gatilho e publicou em seu blog uma nota a respeito do deputado Pastor Amarlido (PSC-TO), que apareceu na lista dos suspeitos de envolvimento no escândalo dos Sanguessugas. É que este mesmo deputado foi quem apresentou, a pedido da Federação Nacional dos Jornalistas o projeto de lei aprovado no Congresso e que regulamenta o exercício da profissão de jornalista. O monstrengo da Fenaj, apresentado pelo sanguessuga Amarildo, inclui diversas funções como privativas dos diplomados em jornalismo. Comentaristas, assessores de imprensa e até chargistas teriam a obrigação de cursar uma faculdade e obter o canudo para trabalhar. De tão ruim, a proposta da Fenaj conseguiu provocar uma unanimidade: todas as entidades da sociedade civil envolvidas com a questão, com exceção naturalmente da própria Fenaj, se manifestaram contra o projeto. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), por exemplo, já encaminhou um documento ao presidente da República expli

33 sanguessugas querem Geraldo Alckmin presidente e 23 preferem reeleger Lula

Saiu a lista dos parlamentares suspeitos de envolvimento com a chamada máfia das ambulâncias, que serão investigados pela CPI dos Sanguessugas. É o assunto do dia em Brasília. O repórter Tiago de Oliveira foi conferir em quem votam os sanguessugas e descobriu que a maior parte prefere que Geraldo Alckmin (PSDB) seja o próximo presidente do Brasil. Dos 57 suspeitos, 33 estão fechados com o tucano e 23 preferem a reeleição de Lula. Apenas um, Wanderval Santos, que não será candidato neste ano, não apóia nenhum dos dois. Confira abaixo a lista dos sanguessugas e o candidato que cada um deles apóia. PP Pedro Henry (MT) - apóia Lula Benedito Dias (AP) – apóia Lula Lino Rossi (MT) - apóia Lula Mario Negromonte (BA) - apóia Lula João Batista (SP) - apóia Alckmin Vanderlei Assis (SP) - apóia Alckmin Marcos Abramo (SP) - apóia Alckmin Nélio Dias (RN) - apóia Alckmin Cleonâncio Fonseca (SE) - apóia Alckmin Benedito de Lira (AL) - apóia Lula Reginaldo Germano (BA) - apóia Lula Ira

Candidaturas de Cristovam, Ana Maria Rangel e Rui Pimenta podem ser impugnadas

Do site do Tribunal Superior Eleitoral: O Ministério Público Federal, por meio do vice-procurador geral eleitoral, Francisco Xavier Pinheiro Filho, impugnou três chapas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para disputar a sucessão presidencial nas próximas eleições de outubro. Foram impugnadas as seguintes chapas: Cristovam Buarque, candidato a presidente e Jefferson Peres, candidato a vice-presidente, ambos pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT); Ana Maria Rangel, candidata a presidente e Delma Gama e Narici, candidata a vice-presidente, ambas pelo Partido Republicano Progressista (PRP); e Rui Pimenta, candidato a presidente, e Pedro Paulo Pinheiro, candidato a vice-presidente, ambos pelo Partido da Causa Operária (PCO). No caso da chapa formada pelos senadores Cristovam Buarque (DF) e Jefferson Peres (AM), o Ministério Público afirma que o pedido de registro de candidatura da chapa não veio instruído com a documentação necessária. "Não há nos autos as certidões

Só para comparar

Manchete da Folha de S. Paulo desta terça-feira: "Conflito no Líbano já tem mais de 200 mortos". Muita gente morta? Sem dúvida, muita gente. Em São Paulo, na semana do fatídico 15 de maio, a Polícia Militar apresentou uma lista de 110 suspeitos de pertencerem ao PCC que foram mortos, supostamente em confrontos com os policiais (é bom lembrar que 26% dos suspeitos não tinham ficha na polícia). Este número depois aumentou, mas vamos considerar os relatórios oficiais da secretaria de Segurança. É preciso ainda somar os 110 supostos criminosos aos 21 policiais e civis mortos pelo PCC entre os dias 12 e 15: a conta está em 131 mortos na pacífica São Paulo. Isto tudo em apenas uma semana. No resto do mês, mantida a taxa trimestral de homicídios de 2005, devem ter sido assassinados mais 500 brasileiros no Estado de São Paulo. Já seriam então mais de 630 mortos em um mês. Se os ataques continuarem na mesma intensidade, talvez no Líbano se consiga chegar ao número de mortos em maio

Sobre as teorias das pesquisas

O jornalista Reinaldo Azevedo escreveu em seu blog uma interessante teoria sobre as pesquisas eleitorais. Ele acredita que um terço do eleitorado (33%, portanto) vota em Lula mesmo que o candidato chute a padroeira do Brasil, ao vivo, em rede nacional, como fez aquele bispo da Igreja Universal do Reino de Deus. "Vão dizer que a santa provocou", brinca Azevedo. Outro terço foge de Lula como o diabo da cruz, para seguir na analogia religiosa. E o terço restante seria pendular - pode votar em Lula, como ocorreu em 2002, e pode não votar. Tudo dependeria do cenário político e, é claro, do desempenho dos demais candidatos. A teoria de Reinaldo é respeitável e será colocada à prova nessas eleições. Este blog, humildemente, vê as coisas de outra forma. De fato, as votações do PT até a eleição de Lula estariam a dar razão ao jornalista. Desde então, porém, o quadro parece ter mudado um pouco. O presidente parece ter ampliado um pouco o seu cacife inicial. Hoje, em todas as pesquisa

Wagner Iglécias: Lula entre GV e FHC

O sociólogo Wagner Iglecias, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, passará a abrilhantar este blog com as suas sempre lúcidas análises sobre a conjuntura política brasileira. Doutor em Sociologia pela USP, Iglecias formou-se também em Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas, onde este blogueiro também teve a honra (e um pouco de falta de paciência) de frequentar. Em seu artigo de estréia no Entrelinhas, Wagner Iglécias faz uma instigante reflexão sobre as possibilidades de um eventual segundo mandato do presidente Lula, partindo de um passado não muito distante – a herança do varguismo para o País –, mas incompreensivelmente ignorado, especialmente pela imprensa. A seguir, o artigo na íntegra: Lula: entre Getúlio e FHC Wagner Iglecias Certa vez Fernando Henrique Cardoso afirmou que sua missão à frente do governo brasileiro seria romper com o legado da Era Vargas. Corria o ano de 1994. Ele acabara de ser eleito presidente da

Emoção à vista

Charge do Agê, que estará na edição de segunda-feira do DCI

Noblat: "quem pariu o PCC que o embale"

Este blog recomenda a leitura da nota "Quem pariu o PCC ou o viu nascer que o embale", reproduzida abaixo. O autor é o jornalista Ricardo Noblat, que publicou o texto em seu blog . Confirmadas as informações, mais uma vez fica provado que Saulo de Castro Abreu Filho não está à altura do cargo que ocupa na secretaria de Segurança Pública de São Paulo. E o desespero tucano-pefelista, revelado pelo presidente do PFL, Jorge Bornhausen (foto), parece ser bem maior do que se poderia imaginar. Na semana que vem, com as novas pesquisas, será possível saber o tamanho do estrago causado pela onda de violência nas candidaturas presidenciais. Leia abaixo a íntegra da nota de Noblat. Circula nos altos escalões do governo de São Paulo cópia da degravação de uma conversa telefônica travada entre dois integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Um sugere ao outro que devem ser mortos "todos esses políticos". O outro pergunta: "Mas quais"? O autor da sugestão esclar

Datafolha vai dar o tom do início da campanha

Os tucanos se animaram com a pesquisa Vox Populi, que mostra uma diferença de 10 pontos entre o presidente Lula e Geraldo Alckmin, mas no meio político todos estão à espera dos resultados da pesquisa Datafolha que será divulgada na próxima semana. O instituto já registrou o levantamento no TSE e adiantou que ouvirá 6 mil pessoas entre segunda e terça-feira. Só então serão conhecidos os efeitos eleitorais dos ataques do PCC em São Paulo e dos ataques dos tucanos e liberais ao PT, tentando vincular o partido ao crime organizado. Também será possível confirmar se a candidata o PSOL, Heloísa Helena, está mesmo em uma curva ascendente. Este blog não consultou videntes, mas tem o palpite de que Lula e Alckmin oscilarão negativamente na próxima pesquisa. Cristóvam Buarque e a senadora alagoana têm boas chances de subir alguns pontinhos percentuais com a exposição que receberam nas últimas semanas, especialmente no Jornal Nacional da Rede Globo. Quem viver, verá...

Lula terá neste ano mais tempo de propaganda no rádio e televisão do que teve em 2002

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu o tempo no horário eleitoral gratuito na televisão reservado aos candidatos à Presidência da República. O candidato que terá maior tempo na propaganda é o tucano Geraldo Alckmin: 10 minutos e 22 segundos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá 7 minutos e 21 segundos. Lula terá 2 minutos a mais do que teve em 2002, quando tinha 5 minutos e 19 segundos contra os 10 minutos e 22 segundos do candidato do PSDB, José Serra. Cristovam Buarque terá 2 minutos e 23 segundos. Heloísa Helena contará com 1 minuto e 11 segundos, pouco menos do que Luciano Bivar, Emayel e Rui Pimenta, que terão 1 minuto e 15 segundos cada um.

Serra não defende Saulo, que ataca a imprensa

A edição desta quinta-feira da Folha de S. Paulo não deve ter sido bem digerida no ninho tucano. O jornal perguntou de forma bastante direta aos principais candidatos ao governo paulista se eles demitiriam o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, em função do agravamento da crise no Estado. Aloizio Mercadante e Orestes Quércia responderam que sim – o petista fez graça e disse que jamais teria nomeado Saulo para o cargo. O candidato do PSDB ao governo paulista, ex-prefeito José Serra, não respondeu o que faria. Em política, há evasivas que acabam ganhando mais poder destrutivo do que uma resposta franca. No caso de Serra, corre nos bastidores tucanos a versão de que também ele jamais teria nomeado Saulo para tomar conta da segurança paulista. O candidato, no entanto, não tem coragem suficiente para expor suas divergências com o atual comando da secretaria de Segurança Pública (e com muitos outros secretários nomeados por Geraldo Alckmin) e fica nas

Será que esse pessoal não aprende?

Bastou uma cochilada. Com a aprovação, no Congresso Nacional, de projeto de Lei elaborado pela Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas) e apresentado por um deputado inexpressivo, cujo texto consegue a proeza de tornar a função de assessor de imprensa exclusiva dos diplomados em jornalismo, aquele pessoal que estava na moita se animou. Pode parecer incrível, mas a Fenaj não desiste nunca e anunciou que tentará reviver o natimorto Conselho Federal de Jornalismo (CFJ). A nota abaixo está no site da entidade. FENAJ e Sindicatos ampliarão movimento pelo CFJ A luta pelo Conselho Federal dos Jornalistas (CFJ) é uma prioridade dos jornalistas brasileiros para o próximo período. A proposta foi aprovada por unanimidade na plenária final do 32º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizada dia 8 de julho, em Ouro Preto (MG). A deliberação foi precedida de debate com representantes da FENAJ, do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, do deputado federal Celso Russomanno (PP/SP) do represent

Ombudsman Marcelo Beraba volta a criticar a cobertura eleitoral da Folha de S. Paulo

A cobertura da campanha eleitoral que vem sendo realizada pela Folha de S. Paulo está repleta de problemas. É o que pensa o ombudsman do jornal, Marcelo Beraba. Em sua crítica interna – já não tão interna assim, visto que disponível na internet – desta quarta-feira, Beraba volta a criticar bastante o comportamento do jornal no noticiário das eleições. Este blog já registrou pelo menos duas outras críticas duras de Beraba ao jornal por causa da cobertura eleitoral. Desta vez, a crítica começa com um elogio – à coluna de Elio Gaspari, por sinal reproduzida aqui, na nota anterior –, mas parte logo para os reparos. E não são poucos, como se pode observar abaixo, na íntegra do comentário de Beraba: "A cobertura da Folha continua focada em detalhes da organização das campanhas e na formação de alianças. É uma cobertura voltada para o micro, para o varejo. Assim, algumas informações irrelevantes ganham espaço desmesurado. Qual a importância para o (e)leitor de que a concessão de CNPJ

Gaspari manda recado ao presidenciável tucano

O jornalista Elio Gaspari estava inspirado no artigo que publicou nesta quarta-feira na Folha de S. Paulo , no Globo e demais jornais que reproduzem a coluna. É um exemplo de texto que começa tão bem como acaba. Abaixo, a íntegra da coluna de Gaspari. Geraldo Alckmin precisa ouvir o Bussunda Você sabia que o Pão de Açúcar tem 396 metros de altura e o índice de fuga de presos em São Paulo é 0,13? Por ELIO GASPARI GERALDO Alckmin dá a impressão de reencarnar do sujeito que decorou a letra R da enciclopédia. Com uma diferença: memoriza números. O Estado que governou por cinco anos teve cerca de 50 agentes da ordem assassinados em menos de 90 dias, 1.500 presos foram confinados como bichos num espaço onde caberiam 150 e ele tem o seguinte a dizer: "A fuga no Estado de São Paulo no ano passado foi 0,13. Isso é número europeu". Se o doutor estivesse no mundo do futebol, poderia anunciar que formará um time que faça muitas faltas, dê poucos passes e recue a bola sempr

Alckmin é favorável aos reajustes eleitoreiros?

Está na edição desta quarta-feira da Folha de S. Paulo : o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) criticou o veto presidencial o aumento de quase 17% para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo, mas evitou dizer o que teria feito se estivesse sentado na cadeira do presidente Lula. Tendo criticado o veto ao aumento, Alckmin tem duas alternativas: ou pára de falar mal da "farra fiscal" do governo e dos aumentos concedidos ao funcionalismo público, que tem qualificado de "eleitoreiros", ou explica direito qual a diferença entre os 17% dos velhinhos e os demais reajustes concedidos por Lula. Alckmin não vai fazer nem uma coisa nem outra. A crítica do ex-governador sobre o tal aumento dos gastos públicos na gestão Lula é, na verdade, oportunista. Os tucanos não conseguiram ainda apresentar dados consistentes sobre o tal aumento nos gastos e fazem críticas subjetivas, como a do caráter eleitoral dos reajustes. Ademais, se Lula tivesse sancionado o aumento dos ap