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Mostrando postagens de junho, 2007

Palavra de quem entende

Abaixo, o comentário do ex-deputado Roberto Jefferson sobre o caso Roriz. Vale a pena levar em conta o que escreve Bob Jefferson, pois este assunto, ele domina como poucos. Um boi diferente O senador Joaquim Roriz deve chegar logo, logo a um Conselho de Ética que não consegue apurar o caso de Renan Calheiros. Ontem o PSOL protocolou representação contra o mais novo pecuarista do Senado. Recém-chegado, Roriz não tem muitos aliados. Ele não é nenhum Renan, mas leva todo o jeito para ser boi de piranha. Será Roriz a salvação? Ele sangrará enquanto o resto da boiada atravessa. Com o fiasco do caso Renan, uma cassação contra um membro do Senado poderia disfarçar um pouco a pecha de corporativismo dos membros do Conselho de Ética.

Boa análise sobre a barbárie no Rio

Este blog em geral discorda do que escreve Eliane Cantanhêde, colunista da Folha de S. Paulo , e até por isto dobra a recomendação para a leitura do texto abaixo, publicado nesta sexta no jornal paulista. Este blog subscreve todas as idéias contidas no artigo de Eliane. O que aconteceu no Rio tem um nome: barbárie. A seguir, a íntegra do artigo de Eliane Cantanhêde: "Um cara desses " Quando os filhos são pequenos, chutam a canela da empregada, e os pais acham "natural", fingem que não vêem. Já maiores um pouco, comem o que querem, na hora em que querem, não falam nem bom-dia para o porteiro e desrespeitam a professora. Na adolescência, vão para o colégio mais caro, para o judô, para a natação, para o inglês e gastam o resto do tempo na praia e na internet. Resolvido. Dos pais, ouvem sempre a mesma ladainha: o governo não presta, os políticos são todos ladrões, o mundo está cheio de vagabundos e vagabundas. "E quero os meus direitos!" Recolher o INSS da e

Senado Federal virou piada de salão

A informação é do blog do jornalista Ricardo Noblat: o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), presidente do Conselho de Ética que vai julgar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no caso originado na disputa do valor da pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso, também tem uma filha fora do casamento e também está discutindo a pensão com a mãe da criança . Segundo Noblat, Quintanilha pagava R$ 900 mensais e com a publicidade dada aos valores recebidos pela ex-amante de Calheiros, a mãe da filha de Quintanilha exige passar a receber R$ 7 mil. As informações acima dispensam comentários. É evidente que Quintanilha não deveria ter se candidatado ao cargo que ocupa, pelo menos neste momento, pois está moralmente impedido de julgar o caso de Renan. Noves fora os problemas com a Polícia e Receita Federal, Leomar Quintanilha na presidência do Conselho de Ética é a cereja no bolo de um processo que está resultando na completa desmoralização da Casa.

Não dá mais para levar a sério...

Circula em Brasília a versão de que o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO) já percebeu que pegou muito mal o "desconvite" ao senador Renato Casagrande (PSB-ES). Quintanilha estaria tentando consertar a gafe e "reconvidando" Casagrande. Não dá mais para levar essa gente a sério, melhor esperar a reunião de terça-feira do colegiado, quando o relator será formalmente indicado. Até lá, a palavra de um Quintanilha ou de um Calheiros vale tanto quanto as notas frias apresentadas pelo presidente do Senado para provar a venda de seus bois, isto é, nada...

Perdendo o senso do ridículo

Está começando a ficar realmente constrangedor o impasse criado em torno do processo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O "desconvite" ao senador Renato Casagrande (PSB-ES), que deveria assumir a relatoria do caso no Conselho de Ética, é algo que, como diria o presidente Lula, "nunca antes neste país" se viu. Não se trata apenas de uma grosseria, é o retrato de uma situação em que não há o mínimo de coordenação, antecipação dos fatos, enfim, só reflete o total descontrole do processo pelo presidente Renan Calheiros. O presidente pode até ficar no cargo – coisa que este blog duvida –, mas terá oferecido à Nação um dos mais deprimentes espetáculos de incompetência política da história do Senado.

Renan não quer Casagrande

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) parece estar mesmo receoso do que pode acontecer no Conselho de Ética: vetou a indicação de Renato Casagrande (PSB-ES) para a relatoria de seu caso. No máximo, aceita o socialista se a relatoria for dividida com dois outros senadores, obviamente da estreita confiança dele, Renan. O ditado é grosseiro, mas retrata bem a situação do presidente do Senado: quem tem c... tem medo. Afinal, Renato Casagrande, como já foi apontado aqui, não é nenhum Jefferson Péres ou Eduardo Suplicy e provavelmente incluiria em seu parecer no máximo alguns pequenos constrangimentos a Renan. O presidente do Senado, porém, não quer correr mais riscos.

Gravações de Mônica provam chantagem?

Foi um lance arriscado a entrega das gravações, pelo advogado de Mônica Veloso, contendo uma conversa dela com o lobista Cláudio Gontijo, da Mendes Júnior, em que ficaria claro a dificuldade de Renan Calheiros (PMDB-AL) para pagar a pensão para a filha que o presidente do Senado teve com a jornalista. O problema é que a gravação foi realizada sem o consentimento de Gontijo, secretamente, e é portanto um indício de que Mônica estaria reunindo material para chantagear Renan. No fundo, ainda há muita coisa nebulosa neste caso. Jasson Oliveira, atento leitor deste blog, lembra que Mônica Veloso afirmou ter guardado muitos documentos e gravado conversas com Calheiros. Ela também teria dito que recebia a pensão em espécie, algumas vezes em envelopes com a estampa da Mendes Júnior. Ora, até o presente momento, ela não apresentou os tais envelopes, que seriam provas materiais bastante fortes em um processo judicial. Teria a ciosa jornalista jogado fora o que de melhor tinha para provar a vinc

Globo vs. Bandeirantes no caso Renan

Há uma disputa, digamos assim, midiática em torno do caso Renan Calheiros (PMDB-AL): ontem, os telejornais da TV Globo e da Bandeirantes apresentaram versões opostas para a história das gravações apresentadas pelo advogado de Mônica Veloso, Pedro Calmon Filho. Na Globo, as gravações prejudicam Renan porque estaria claro que Cláudio Gontijo pagava a pensão com recursos da Mendes Júnior; na Band, as gravações revelam que Gontijo foi chantageado pelo advogado Calmon. Muita água ainda vai rolar debaixo da ponte até a verdade aparecer...

Reforma política esbarra na falta
de consenso da classe política

A rejeição do núcleo fundamental da proposta de reforma política na noite de ontem, na Câmara dos Deputados, mostra como é difícil aprovar mudanças de vulto na legislação brasileira. De fato, no caso de projetos realmente polêmicos, como era o que introduzia a votação em listas, é preciso haver um certo consenso na classe política. Tal consenso se forma, em geral, a partir da base da sociedade, que pressiona os políticos e força as mudanças. Em situações excepcionais, isto pode se dar a partir da vontade do presidente, em geral logo após um eleição na qual ele saia extremamente fortalecido – foi o que ocorreu no caso da reforma da Previdência, em 2003. O problema de fundo da reforma política é a questão da representação – hoje a Câmara Federal, que deveria representar a população na base da regra "cada cabeça, um voto", tem enormes distorções, de forma que o voto do cidadão das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste vale mais do que o do Sul e Sudeste. Essas distorções têm

Leomar e Casagrande: bom para Renan?

A eleição de Leomar Quintanilha (PMDB-TO) para a presidência do Conselho de Ética do Senado revela que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) não está tão desarticulado como os fatos ocorridos na tarde desta quarta-feira deixavam transparecer. Quintanilha, conforme mostra a matéria reproduzida abaixo, da Agência Estado, é aliado de Renan. Ele convidou o senador Renatno Casagrande (PSB-ES) para relatar o caso do presidente do Senado. Casagrande é um pouco mais, digamos assim, crítico, mas também não é nenhum Jefferson Péres, muito menos um Eduardo Suplicy. Em outras palavras, é um senador "conversável". O problema todo de Renan é que a estratégia de arrastar o caso não lhe favorece completamente. Prova disto é o surgimento, na noite desta quarta-feira, de novas gravações, agora envolvendo o lobista Cláudio Gontijo e Mônica Veloso. O conteúdo dos CDs entregues pelo advogado de Mônica ao senador Romeu Tuma (DEM-SP), corregedor do Senado, ainda não foi revelado, mas já s

Noite será longa para senadores

Marcada para as 17h, a reunião do Conselho de Ética do Senado ainda vai começar. Ninguém sabe muito bem o que vai acontecer, nem ao menos se haverá um novo presidente do colegiado ao fim da reunião. Ou Renan Calheiros é um craque da estratégia política e simula uma grande confusão para iludir os adversários (e a opinião pública), ou o presidente do Senado já perdeu totalmente o controle da situação. Ao que parece, a segunda hipótese é mais provável.

E o ministro das Minas e Energia?

Está passando desapercebido, mas até agora o presidente Lula não nomeou um substituto para o ministério das Minas e Energia na vaga do demissionário Silas Rondeau, fulminado pela Operação Navalha. Rondeau era indicação de José Sarney (PMDB-AP) e contava com apoio de Renan Calheiros (PMDB-AL). Logo após a queda, alguns nomes foram dados como certos para a pasta, mas até agora, Lula não pegou a caneta para assinar a nomeação. Bobo, o presidente não é...

Dupla de pizzaiolos já subiu no telhado

Aparentemente, a alegria de Renan Calheiros durou pouco e a tal articulação para fazer de Arthur Virgílio e Aloizio Mercadante a dupla de pizzaiolos no Conselho de Ética fracassou. O que vai acontecer na reunião do colegiado daqui a pouco é imprevisível. Mais uma prova de que Renan está com a bola murcha...

Virgílio e Mercadante, dupla de pizzaiolos?

A jogada política da hora em Brasília é a candidatura do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) à presidência do Conselho de Ética. Curiosamente, Virgílio já avisou a todos que nomearia o colega Aloizio Mercadante para a vaga de relator do caso envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Nos bastidores, o que se diz é que a nova dupla teria sido gestado na reunião entre Renan e o presidente Lula, na manhã desta quarta-feira. Em outras palavras, Virgílio e Mercadante seriam os responsáveis por preparar, assar e servir uma boa pizza, palatável a governistas e oposicionistas do Senado. Que o PSDB está fechado com Calheiros, este blog já adiantou – a origem das denúncias está justamente no apoio de Renan ao então candidato Teo Vilela, hoje governador das Alagoas. Chama atenção, no entanto, que os tucanos estejam tão empenhados assim em salvar a pele de Renan. Uma coisa é não trabalhar para derrubá-lo, outra bem diferente é se unir a petistas na tentativa de servir a pizza...

Senador Roriz ainda pode renunciar

A maior diferença dos casos envolvendo os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Joaquim Roriz (PMDB-DF) é que o segundo ainda tem a chance de renunciar para preservar seus direitos políticos. Segundo informação do blog do jornalista Ricardo Noblat, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), já qualifica o caso como "grave". "Há poucas dúvidas sobram daquele diálogo. É quebra de decoro, é grave. O parlamentar tem que ter ética", disse Tuma. Se o senador Roriz tiver um mínimo de bom senso, renuncia antes do processo de cassação por quebra de decoro parlamentar ser instalado no Conselho de Ética.

Renan ganha ou perde com saída de Sibá?

Está havendo muita confusão nas interpretações em torno da renúncia de Sibá Machado à presidência do Conselho de Ética. Alguns analistas acham que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) poderia se favorecer da confusão criada com a saída de Sibá, que impediria a votação, hoje, do relatório do senador Epitácio Cafeteira (DEM-MA). Este tipo de análise até faria sentido se o objetivo primeiro de Renan fosse mesmo postergar a votação, mas o fato é que a estratégia inicial era votar o relatório e encerrar a questão nesta quarta-feira. Uma segunda estratégia de Renan realmente é postergar o seu processo, de preferência para mais de 90 dias, talvez na esperança de que algum novo escândalo faça a sociedade minimizar o anterior. Do ponto de vista de Renan, porém, este adiamento precisa ocorrer com algum aliado na presidência e relatoria do Conselho de Ética. A saída de Sibá deixa a presidência interinamente sob comando do DEM e não é certo que Calheiros consiga eleger em nome de sua

Renúncia de Sibá complica Renan

A renúncia agora pouco do senador Sibá Machado à presidência do Conselho de Ética é sem dúvida mais uma pedra no sapato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os renanzistas queriam votar logo o arquivamento do caso ou, alternativamente, postergar por um período bem longo a apreciação do relatório. Com a saída de Sibá, o jogo está zerado e deve haver muita confusão nesta quarta-feira no Senado. O palpite do blog continua sendo a queda de Renan da presidência do Senado, com a manutenção do mandato de senador. Se Renan deixar a presidência, em poucos dias ninguém mais lembra do caso e ele recebe, no máximo, uma advertência do Conselho de Ética...

Luiz Weis: os 5 de Sirlei e os 5 de Galdino

Está simplesmente irrepreensível o texto do colunista Luiz Weis, do Observatório da Imprensa , sobre o caso dos espancadores da empregada doméstica Sirlei Dias Carvalho Pinto, no Rio de Janeiro. Foi postado originalmente no blog Verbo Solto e vai reproduzido em seguida: A única boa notícia do dia não aconteceu a tempo de chegar às primeiras edições dos jornais: o quinto facínora que espancou selvagemente a empregada doméstica Sirlei Dias Carvalho Pinto, de 32 anos, em um ponto de ônibus, no Rio, se entregou no fim da noite de ontem. O tipo se chama Rodrigo Bassalo. Tem 21 anos. Estuda turismo. Apresentou-se acompanhado dos advogados e “ficou praticamente todo o tempo de cabeça baixa”, informa a Agência Estado. Os outros são Rubens Arruda, 19, estudante de direito; Felipe Macedo Nery Neto, 20, também estudante de direito; Julio Junqueira, 21, dono de um quiosque na Barra; e Leonardo de Andrade, 19, técnico em informática. Sirlei, que ontem teve alta, voltou ao hospital para fazer novos

Heloísa e Agripino, amigos para sempre?

Eduardo Bresciani, o esperto repórter do DCI em Brasília, informa que a piada da hora na capital federal diz respeito à inusitada aliança entre DEM e PSOL, com o objetivo de derrubar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Depois de não conseguir a vaga de vice-presidente de Geraldo Alckmin (PSDB) no ano passado, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) estaria tentado a bater chapa com Heloísa Helena em 2010. Seria mesmo uma dupla do barulho.

Rodini: nada cola no presidente Lulaflon

A pedidos, o craque Jorge Rodini, diretor do instituto de pesquisas Engrácia Garcia, analisa para este blog o resultado do levantamento feito pelo instituto Sensus para a Confederação Nacional dos Transportes sobre o cenário político nacional. Confira a seguir a interpretação de Rodini para os números do Sensus: Uma análise objetiva nas entrelinhas da mais recente pesquisa CNT/Sensus revela: O governo Lula é melhor avaliado pelos homens, pelos nordestinos, pelos menos escolarizados, dentro de uma certa homogeneidade nas diversas faixas etárias. Para quem recebe mais de 20 salários mínimos, Lula tem uma avalição negativa. Os eleitores da região Sudeste são os que pior avaliam o presidente. Do total, 64,0% dos brasileiros aprovam o governo Lula, porém no Sul este percentual é de apenas 52,7%. Entre os de renda acima de 20 SM, Lula é reprovado – obtém 65,9% de desaprovação. Os eleitores do Sul e Sudeste consideram a política econômica inadequada, com percentuais parecidos. Mesmo entre

Camata avisa: quer o cargo de Calheiros (2)

Tem gente que acha que ser sutil pode não trazer os resultados pretendidos na vida. O senador Gerson Camata (PMDB-ES) é uma dessas pessoas que prefere não deixar dúvida alguma: na semana passada, sinalizou de forma muito clara que havia bandeado para o lado governista de seu partido, deixando claro que está à disposição para, eventualmente, assumir a vaga de presidente do Senado se o colega Renan Calheiros sucumbir às denúncias. Não satisfeito ou talvez decepcionado com a pequena repercussão de sua defesa de Vavá, o irmão do presidente, nesta terça-feira Camata voltou ao ataque, conforme o leitor pode conferir na matéria abaixo, da Agência Senado. Mais um pouco e o senador capixaba vai elogiar até a nomeação do Mangabeira Unger... 26/06/2007 - 16h24 Camata elogia Lula por atuação na crise dos controladores aéreos O senador Gerson Camata (PMDB-ES) cumprimentou nesta terça-feira (26), em Plenário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter autorizado o comandante da Aeronáutica, J

Inflação de 4,5%, de olho em 2010

O dado mais importante do dia para a política brasileira não é a pesquisa CNT/Sensus sobre a popularidade do presidente Lula, mas a definição da meta de inflação para 2009. O Conselho Monetário Nacional decidiu ficar ao lado do presidente e do ministro Guido Mantega e optou por 4,5%, contrariando o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que defendiam a meta de 4%. Para entender o significado do debate, basta pensar que uma meta de inflação menor para 2009 certamente provocaria, em algum momento de 2008, uma parada ou diminuição no ritmo de queda da taxa de juros. Com a meta de 4,5%, o BC terá mais espaço para continuar baixando a Selic e, portanto, a economia tende a crescer mais, todas as demais variáveis permanecendo estáveis. O ano de 2009 é crucial para a definição da eleição presidencial de 2010. É sobretudo com base no desempenho da economia do ano anterior que os eleitores julgam o governo e escolhem o seu candidato. Ao ind

Oposição faz Lula nadar de braçada

Os dados divulgados na pesquisa CNT/Sensus nesta terça-feira, reproduzidos resumidamente abaixo na versão da Folha Online, confirmam o tal levantamento dos tucanos e democratas sobre o cenário político: a aprovação do presidente chega a 64%, apenas ligeiramente superior ao que foi aferido em abril. É a maior taxa desde o escândalo mensalão. Tem gente que acha que "pesquisa é tudo comprada", mas a realidade não é bem assim, tanto que a própria oposição se apressou a dizer que Lula está, sim, muito bem avaliado. No fundo, o que sustenta a popularidade do presidente é a economia do país. Este blog tem apontado os dados econômicos que confirmam a tese: venda de computadores crescendo a taxas chinesas; montadoras prevendo que 2007 sejá o melhor ano da história da indústria automobilística, superando 1997; venda de supermercados crescendo; crédito e consumo das famílias em expansão, entre tantos outros dados. O dólar barato também ajuda Lula no eleitorado de classe média, que fica

Vazamento de pesquisa visou minimizar
os danos da alta popularidade de Lula?

A reportagem abaixo, na versão da Agência Estado, revela alguns números de uma pesquisa que teria sido encomendada pelo PSDB e Democratas sobre o cenário político nacional. Os números seriam francamente favoráveis ao presidente Lula, com destaque para a avaliação de que 56% dos eleitores reelegeriam o presidente para um terceiro mandato. A matéria está bem feita e correta, mas fica no ar uma dúvida: por que diabos tucanos e democratas resolveram vazar notícias tão boas para o presidente Lula? A resposta é simples: porque hoje seria divulgada a pesquisa CNT/Sensus sobre a popularidade do governo e do presidente. O que tucanos e democratas fizeram foi uma estratégia para minimizar os danos da outra pesquisa, CNT/Sensus, que mostra a segunda melhor avaliação de Lula desde 2005... É simples assim. Oposição sente-se perdida com alta avaliação de Lula Christiane Samarco e Eugênia Lopes BRASÍLIA - Sem uma bússula precisa de atuação no Congresso, o Democratas e o PSDB en

Rodini: a vida dura do chefe do "aspone"

Em mais uma colaboração para o Entrelinhas, Jorge Rodini, diretor do instituto de pesquisas Engrácia Garcia, faz um comentário desta vez sobre um assunto que não está explicitamente em voga, mas que na verdade deveria ser um dos focos centrais do debate sobre a corrupção: a reforma administrativa. A seguir, o texto de Rodini. Frequentemente ouço amigos reclamarem que gostariam de entrar na vida pública, mas que o salário não compensa. Muitos são convidados para serem secretários de algum município, mas quando descobrem as condições de trabalho, resolvem definitivamente ficar nas suas empresas. Empresas que, via de regra, geram bons lucros e muitos empregos. É contraditório perdermos potenciais grandes colaboradores porque o prefeito não pode pagar melhor. Nesta hora, surge a Lei de Responsabilidade Fiscal para isentar o alcaide de culpa. Se analisarmos os penduricalhos de cada secretaria num município de porte médio, por exemplo, veirificaremos o porque do gasto com salários estar sem

"Efeito Noblat" supera "efeito Mônica"

O jornalista Ricardo Noblat indicou este blog aos seus leitores, o que muito nos honra, até porque a leitura diária do Blog do Noblat é obrigatória para todo jornalista que cobre política. Pelo relatório matinal de audiência dessas Entrelinhas, a indicação de Noblat está superando com folga o " efeito Mônica Veloso ". No que nos toca, esperamos que todos esses leitores possam ter aqui também um espaço aberto para o debate honesto e aberto sobre a vida política do país.

Ombudsman condena linchamento de Vavá

O novo ombudsman da Folha de S. Paulo , Mário Magalhães, começou muito bem no serviço. Todo domingo tem um texto contundente apontando as bobagens que aparecem no jornal. Na última edição, dedicou a abertura da coluna ao irmão do presidente Lula que tanto sucesso andou fazendo na impressa apressadinha. Magalhães concorda com Elio Gaspari: Vavá foi linchado na imprensa. Corretamente, o ombudsman reclama porque a Folha não citou o nome do irmão de Lula na chamada de capa sobre o indiciamento dos suspeitos nas investigações da Operação Xeque-Mate. Vavá, como se sabe, não foi indiciado... A seguir, o texto de Mário Magalhães: Cadê Vavá? Questão de equilíbrio: se Vavá enrolado valia manchete, Vavá se desenrolando merecia ao menos um título na página mais nobre do jornal O aposentado Genival Inácio da Silva, irmão do presidente da República, ganhou a manchete da Folha em quatro edições de junho. A primeira contou que a Polícia Federal qualificou Vavá como suspeito de tráfic

ACM ou Mônica Veloso, quem mentiu?

Quando começou o escândalo envolvendo a pensão da filha do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) se referiu à jornalista Mônica Veloso, mãe da menina e beneficiária da pensão, como "minha ex-nora". Era uma referência ao caso que a jornalista teria mantido com o falecido deputado Luís Eduardo Magalhães, filho de ACM. Pois não é que Mônica negou, em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo no domingo, o relacionamento com Luís Eduardo? Mente ACM ou mente Mônica Veloso? É certo que em Brasília muita gente aumenta (e inventa) o número de casos de políticos com jornalistas, mas em geral quem nega tudo são os políticos e não as jornalistas... O tal affair de Mônica com Magalhães já foi parar em páginas de diversos jornais e até uma briga do casal, no restaurante Piantella, foi reportada com detalhes que só poderiam se descritos por quem viu a cena – Mônica teria, em uma crise de ciúmes, virado, no colo do deputado, a me

Roriz pode ser a bóia de salvação de Renan

As denúncias envolvendo o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), publicadas em diversos veículos de comunicação neste final de semana, foram a melhor notícia possível para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Não há nada melhor do que um novo escândalo para fazer a opinião pública esquecer o anterior e o caso de Roriz é de cara bem mais complicado do que o de Renan, cuja situação também é para lá de enrolada. O palpite deste blog é acabam caindo os dois, Roriz e Renan, mas talvez o ex-governador do Distrito Federal "fure a fila" e acabe assistindo ao desfecho de seu caso antes do colega alagoano. A menos, é claro, que apareça algum episódio ainda mais escabroso envolvendo outro parlamentar de peso, o que não seria nem um pouco improvável nesta altura do campeonato...

Ocupação acabou, desgaste continua

Os estudantes da USP decidiram desocupar a reitoria e encerrar o vitorioso movimento iniciado dia 3 de maio. Em pouco mais de um mês, eles conseguiram duas coisas excepcionais: em primeiro lugar, dobraram a teimosia do governador José Serra (PSDB), que acabou recuando em sua sanha centralizadora e doravante terá que respeitar a autonomia universitária; e em segundo lugar, muito mais importante, conseguiram acender uma chama no movimento estudantil que há muito tinha se apagado. E sem o cabresto de partidos políticos, da UNE ou do DCE. Não é pouca coisa... Do ponto de vista do governador José Serra (PSDB), a desocupação não deixa de ser um alívio, pois ele estava sendo cada vez mais pressionado a mandar baixar o sarrafo nos estudantes – basta ler o blog do jornalista Reinaldo Azevedo para medir o tamanho da raiva da direita babona com os manifestantes. O desgaste para Serra, porém, vai continuar. A secretaria de Ensino Superior passou a ser um cabide de emprego de luxo para José Aristo

Serra, os mata-mosquito e os estudantes

O que vai abaixo é o artigo semanal do autor destas Entrelinhas para o Shopping News, que circula com o DCI às sextas-feiras. O governador José Serra (PSDB) nunca reconhecerá o fato, mas certamente está muito arrependido de suas primeiras medidas para a área de Educação, sobretudo no que se refere ao ensino superior. O novo governo conseguiu, em menos de seis meses, provocar uma crise séria (e, até agora, sem solução à vista), levando os estudantes universitários a uma postura combativa que talvez só tenha paralelo com a época em que o próprio Serra presidiu a UNE, no início do regime militar. Professores e funcionários das três universidades paulistas também reagiram contra as primeiras medidas do governador e deflagraram greves que terminaram com uma significativa vitória das duas categorias. A maioria dos leitores já deve estar a par da confusão armada pelo governo: logo no primeiro dia de mandato, Serra editou um decreto criando a secretaria de Ensino Superior, que retirava das uni

Escândalos ocultam o que de fato importa

Os escândalos envolvendo políticos e personalidades, especialmente se trazem os elementos dinheiro, sexo e drogas, imediatamente ganham manchetes e acabam ofuscando notícias bem mais relevantes para o dia a dia da população. É o que está ocorrendo agora, com o "Renangate". Enquanto a opinião pública acompanha os cada vez mais enrolados capítulos da novela, o governo federal vai tomando decisões importantes para os próximos anos. Na matéria abaixo, da Agência Estado, está reproduzida a opinião do presidente Lula sobre uma questão que talvez seja hoje a mais crucial para o futuro da economia nacional: a definição da meta de inflação para 2009, que será decidida na próxima semana pelo Conselho Monetário Nacional. Como se pode ler a seguir, o presidente ficou ao lado do ministro Guido Mantega e prefere os atuais 4,5%. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, defende redução para 4%. A questão da meta é crucial porque dela decorre o tipo de política monetária a ser adota

Renan: a vingança será maligna?

Reportagem da Folha de S. Paulo desta quinta-feira informa que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) está preparando um "saco de maldades" contra parlamentares que têm, digamos assim, situação parecida com a dele próprio – litígios com amantes, filhos fora do casamento e fontes de renda mal explicadas. Em Brasília, este tipo de informação está na boca do povo, praticamente todo jornalista que cobre o Congresso sabe o nome dos senadores e deputados que mantêm matriz e filial. É difícil essas coisas vazarem na imprensa porque existe uma cultura de tolerância entre os jornalistas sobre os aspectos privados da vida dos homens públicos e também em função de um certo corporativismo – muitas das namoradas são coleguinhas. O presidente do Senado é um homem muito bem informado, foi ministro da Justiça na gestão de Fernando Henrique, e deve ter bons dossiês para vazar à imprensa. A estratégia de amedrontar os seus pares, porém, é condenável e parece revelar o desespero de Renan Calheir

Para quem não conhece o Fagundes

Essas nem são as melhores, mas dá pegar o espírito do personagem de Laerte. Mais sobre Fagundes, clique aqui .

Camata avisa: quer o cargo de Calheiros

O ditado é claro: para bom entendedor, meia palavra basta. Em seu discurso no plenário do Senado, Gerson Camata (PMDB-ES) foi bem além da meia palavra, conforme pode ser verificado na matéria abaixo, da Agência Senado. E Fagundes, aquele lendário puxa-saco criado pelo cartunista Laerte, deve estar com muita inveja de Camata... Plenário - 20/06/2007 - 16h45 Camata elogia artigo de Elio Gaspari sobre Vavá, irmão de Lula O senador Gerson Camata (PMDB-ES) elogiou nesta quarta-feira (20) artigo escrito pelo jornalista Elio Gaspari e publicado em grandes jornais no último domingo (17), sob o título "Vavá está sendo linchado". Camata concordou com o jornalista quando afirma que o alvo do linchamento não é Genival Inácio da Silva, o Vavá, mas seu irmão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Camata leu alguns trechos do artigo em que Gaspari demonstra que Vavá não fez o tráfico de influência de que está sendo acusado, pois "as denúncias não guardamnexo com os fatos". O se

Sobre teorias conspiratórias

Muita gente com vasta experiência em análise política estranha o processo que está abatendo Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. A pergunta clássica – a quem interessa (a queda de Renan)? – não tem, até o momento, respostas conclusivas. O governo tem no presidente do Senado um aliado até bastante fiel, a se considerar o índice de traição na amplíssima base que sustenta o presidente Lula. O PT tem defendido Calheiros de forma bastante elegante, talvez com mais contundência até do que o apoio dos peemedebistas. O PSDB também ficou na muda, nada faz contra Calheiros, até pela estreita relação do presidente do Senado com o governador de Alagoas, o tucano Teo Vilela. No Democratas, há um ou outro senador fazendo bravatas, mais interessado em dar show para a opinião pública do que propriamente condenar Renan Calheiros. Oposição de verdade, o presidente do Senado só encontra no PSOL, PV e PPS. É muito pouco para um enredo que envolve Polícia Federal, TV Globo, uma suposta

Calvário de Calheiros não acaba hoje

A menos que haja uma reviravolta grande no cenário político do Senado, o Conselho de Ética da Casa vai prorrogar nesta quarta-feira as investigações sobre o escândalo envolvendo o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). A cada dia que passa, a situação de Renan se deteriora mais e já há quem fale abertamente, nos corredores do Senado, em nomes para sucedê-lo, informam os jornais de hoje. Roseana Sarney, Romero Jucá e Gerson Camata, todos do PMDB, seriam os mais cotados. Quando a conversa toma este rumo, dizem as raposas do Congresso, é porque o jogo já foi jogado. Ou seja, Renan dificilmente se sustenta no cargo.

E a ocupação da USP?

Sumiu da grande imprensa o noticiário sobre a ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo pelos estudantes da instituição. Tem gente que acha que o governador José Serra (PSDB) anda sumido e que seu governo está meio paradão. Pode até ser, mas deve ter dado a maior trabalheira para Serra convencer os donos dos jornalões a tirar da pauta um assunto tão interessante. Como diria o Ancelmo Gois, isto a oposição não vê...

Ventos mudaram na mídia

Não é só em Brasília que se percebe as mudanças de ventos em relação ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O sempre atento leitor deste blog, jornalista Jasson de Oliveira Andrade, repara que o tratamento dispensado a Renan está mudando rapidamente: "o Estadão de hoje o trata, nas reportagens, de 'cacique'. Por que não utilizou esse tratamento antes?". De fato, cacique político das Alagoas, Renan é há muito tempo, mas não havia ocorrido aos redatores dos jornalões tal qualificativo. A coragem de certa imprensa está aumentando na proporção dos problemas nas explicações do presidente do Senado para justificar que podia, sim, pagar a pensão da sua filha com Mônica Veloso sem recorrer a empréstimos do amigo lobista...

Ventos mudaram no Senado

Nos bastidores de Brasília, ninguém mais dá como certa a absolvição, amanhã, no Conselho de Ética, do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Até sexta-feira, este sentimento era dominante entre os políticos e analistas na capital federal. Agora, há quem aposte em novo adiamento da votação e prosseguimento das investigações, em um processo que pode até mesmo terminar na condenação do presidente do Senado. Nesta altura do campeonato, Renan não pode mais renunciar para evitar o processo de cassação e perda dos direitos políticos. Se for condenado, pode ser advertido, censurado, suspenso por seis meses ou cassado. Em qualquer dessas hipóteses, Renan Calheiros não terá condições morais de continuar na presidência do Senado. Na verdade, se o relatório do senador Epitácio Cafeteira for derrubado na sessão de amanhã do Conselho de Ética – o que na prática significa o prosseguimento das investigações –, a pressão para que Renan se afaste da presidência deve ser intensificada. Tudo somado, o fato é

Situação de Renan Calheiros piora

Os depoimentos de segunda-feira no Conselho de Ética do Senado pioraram a situação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Quanto mais gente fala a respeito do caso, mais enrolado fica o presidente do Senado. Os jornais desta terça-feira devem refletir este clima, com mais críticas dos colunistas e reportagens nada favoráveis ao senador alagoano. Aliás, dizem que tudo começou lá mesmo, nas Alagoas, por causa do decisivo apoio de Renan à candidatura de Teo Vilela (PSDB) ao governo local. E é justamente por esta razão que os tucanos estão caladinhos neste episódio. Se abrirem o bico, pode sobrar para o governador e até para certos senadores do partido, uns que adoram falar em ética, mas têm os seus zuleidos escondidos no armário, digamos assim. O jogo até agora está na preliminar. Se Renan cair, começa a partida entre os profissionais. O risco é o Senado Federal simplesmente acabar, e por WO.

Alckmin rouba a cena de Dona Lila Covas

O lançamento de um livro da viúva do governador Mário Covas, Dona Lila, nesta segunda-feira, em São Paulo, foi o palco para a volta à cena política do ex-governador Geraldo Alckmin, vice de Covas e candidato derrotado do PSDB à presidência no ano passado. Aos gritos de "prefeito, prefeito", Alckmin deve ter dado tantos autógrafos quanto a autora do livro que estava sendo lançado. Quem esteve lá conta que o que os alquimistas diziam, sempre à boca pequena, do atual governador do Estado, o também tucano José Serra, é muito parecido com o que o senador Renan Calheiros anda a dizer da jornalista Mônica Veloso. Se não for pior...

Anthony Garotinho afirma que
Renan "atenta contra a democracia"

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) já tem problemas suficientes nesta altura do campeonato para se preocupar com o fogo amigo, mas chama atenção a notinha abaixo, do blog de Anthony Garotinho, correligionário do presidente do Senado. Com amigos assim, deve ser realmente dura a luta de Calheiros pela absolvição no Conselho de Ética. A sorte do senador alagoano é a fraqueza política de Garotinho no Senado. Na Câmara, o ex-governador do Rio ainda tem lá os seus votinhos... Eis a nota do blog de Garotinho: Cresce bloco anti Renan no Senado O acordão que o senador Renan Calheiros (PMDB/AL) está costurando no Senado para se livrar do processo no Conselho de Ética da Casa por quebra de decoro é um verdadeiro atentado contra a democracia. Renan passou o fim de semana oferecendo a seguinte alternativa: se a perícia em seus documentos comprovar a autenticidade dos papéis apresentados em sua defesa, o processo pára e a vida segue como antes. Quando na verdade, o Presidente do Senado tinha que

Conselho de Ética do Senado vive sessão
"pode vir quente que eu estou fervendo"

Está divertida a sessão do Conselho de Ética do Senado Federal desta segunda-feira, ainda em curso. O depoimento de Pedro Calmon, o advogado da jornalista Mônica Veloso, foi um verdadeiro espetáculo de baixarias, com trocas de acusações entre Calmon e senadores ligados a Calheiros. Além da exposição sórdida de detalhes da vida privada de Mônica, Renan e do lobista Cláudio Gontijo, o ponto alto foi a acusação, feita pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE), de que o presidente do Senado foi chantageado pela dupla Mônica-Gontijo. A novidade não está na denúncia em si, que inclusive já saiu na revista IstoÉ , mas no valor: R$ 20 milhões. Agora é a vez de Cláudio Gontijo depor, mas já deu para sentir que quanto mais este caso for remexido, pior a situação de Renan Calheiros. E também que há milhões de motivos em jogo, dos dois lados da contenda...

Gaspari explica linchamento de Vavá

Está especialmente didático o artigo de Elio Gaspari publicado nos jornais em que ele é colunista ( Folha , Globo e diversos veículos regionais). Se há alguém que não pode ser acusado de "lulista", este alguém é Elio Gaspari, crítico contumaz do "Noço Guia", como ele apelidou o presidente Lula. Por isto mesmo, o artigo ganha força e merece ser lido na íntegra. Vavá está sendo linchado O homem do "arruma dois pau pra eu" é o biombo. Querem a jugular de Lula, o dos 60 milhões de votos GENIVAL INÁCIO da Silva, o Vavá, está sendo covardemente linchado porque é irmão do presidente da República. Ele é acusado de tráfico de influência sem que até hoje tenha aparecido um só nome de servidor público junto ao qual tenha traficado qualquer pleito que envolvesse dinheiro do erário. Um fazendeiro paulista metido numa querela de terras queria reverter uma decisão unânime do Superior Tribunal de Justiça. Vavá recomendou-lhe um advogado. Isso não é tráfico de

Fim de semana favoreceu Renan

As reportagens publicadas nas revistas semanais e nos jornalões neste final de semana não trouxeram novidades em relação ao caso do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), cuja situação continua muito delicada, mas, digamos assim, menos complicada do que estaria se mais denúncias tivessem aparecido na mídia. O que os colunistas mais experimentados estão dizendo é que Renan poderá ser absolvido, até porque os parlamentares não estão nada interessados na queda do poderoso presidente do Senado, mas permanecerá desmoralizado e fraco até o fim do mandato de presidente, no início de 2009. Este blog ainda tem dúvidas se será possível a permanência de Calheiros na presidência do Senado, tantos são os constrangimentos que ele próprio criou em sua atrapalhada defesa, mas também não duvida que uma grande e saborosa pizza seja servida no Conselho de Ética. Os pizzaiolos Cafeteira e Sibá Machado já estão a postos, com a massa e o recheio na mão. Pensando bem, no caso de Calheiros, tudo deveria terminar

Calheiros adiou a hora da guilhotina?

Não foi nesta sexta-feira que Renan Calheiros (PMDB-AL) perdeu a batalha que vem travando para permanecer na presidência do Senado e até, na visão de alguns, manter seu mandato de senador da República. Em tese, a decisão final deve ocorrer na terça-feira, depois que o Conselho de Ética do Senado receber a perícia dos documentos enviados por Renan e ouvir o advogado de Mônica Veloso e o lobista Cláudio Gontijo. O tempo agora corre contra Renan. Amanhã, a revista Veja e o jornal O Estado de S. Paulo devem sair com "novidades" sobre o caso. Evidentemente, nada que vá refrescar muito a vida do presidente do Senado. Nos bastidores de Brasília, o clima está bastante agitado, com todo o tipo de rumor circulando. Tem gente bem informada sugerindo que Renan não vai deixar barato uma eventual queda e deverá arrastar alguns colegas para o lamaçal – no próprio Conselho de Ética haveria outro senador enrolado com o mesmo problema que originou o "calvário" de Renan – a explosi

Charge do dia

Ricardo Musse: impasse na USP

Em mais uma colaboração para este blog, Ricardo Musse, professor de Ciência Política da Universidade de São Paulo, comenta os últimos capítulos de uma novela que na verdade já dura quase seis meses, pois teve início com a posse de José Serra (PSDB) no governo do estado. A seguir, a íntegra do comentário: O impasse na USP continua mesmo depois que José Ser ra revogou, em seus pontos mais críticos, os decretos que engessavam as universidades estaduais paulistas. A hostilidade do governo perante as premissas do ensino público, demonstrada por atos e palavras, acirrou uma série de conflitos internos que até então permaneciam apenas latentes. A credibilidade política, institucional e intelectual da USP pode ser creditada em grande parte ao papel proeminente que desempenhou na resistência e oposição à ditadura militar. Sua estrutura interna de poder, no entanto, não foi democratizada, conservando um “entulho autoritário” que persistiu após a extinção do regime de cátedras em 1968. Não só o

Situação de Renan se complica

A reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, sobre supostas irregularidades nos negócios agropecuários do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) pode provocar uma modificação radical na até então confortável situação do presidente do Senado no Conselho de Ética da Casa. O parecer que absolve Renan tinha tudo para ser aprovado nesta sexta-feira – no máximo poderia haver alguma postergação em virtude de eventual falta de quórum ou pedido de adiamento para realização de oitivas com o advogado de Mônica Veloso e com o lobista Cláudio Gontijo. Com a reportagem do JN, cujo conteúdo está resumido na matéria abaixo, do site G1 , Renan ficou em situação delicada. Nos bastidores brasilienses, circula a informação de que a revista Veja também vai trazer reportagem sobre o gado do presidente do Senado. A continuar a pancadaria neste nível, vai ser mesmo muito difícil para Calheiros permanecer à frente da presidência do Senado, a menos que ele tenha uma excelente explicação na ponta da língua e que n