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DICA DA SEMANA: Série The Blacklist (A lista Negra), Netflix, 6ª temporada.

Raymond Reddington é um criminoso, comanda uma confraria secreta de bandidos e é um dos fugitivos mais procurados pelo FBI no mundo. E é por este personagem que quem assiste The Blacklist torce, descarada e despudoradamente, ainda que ele mate a sangue frio ou mande executar quem ousa contrariá-lo.
Red, ex-oficial da Marinha dos Estados Unidos representado magistralmente por James Spader, é charmoso, fala um inglês empolado, usa metáforas e criou a lista negra de criminosos desconhecidos do FBI, com quem fecha um acordo para entregar, um por um, os bandidos da pesada, gente envolvida com guerras, tráfico de armas e negócios que incluem naturalmente corrupção e envolvimento no aparelho do estado, até mesmo das forças de segurança norte-americana.
Mas Redddington só fecha o acordo com uma imposição: a jovem investigadora Elizabeth Keen – até a terceira temporada há um segredo velado sobre quem ela é (no spoilers here) – deve integrar a força tarefa que cuidará da blacklist. Então quem assiste torce também por Keen, representada pela bela Megan Boone, é quem comanda a maior parte das investigações, auxiliada por uma trinca de detetives exóticos - agente Donald Ressler (Diego Klattenhoff), Aram Mojtabai, (Amir Arison) e Samar Navabi (Mozhan Marnò), todos sob o comando do diretor da task force, Harold Cooper (Harry Lennix).
Reddington é quem realmente faz valer a dica. Sempre acompanhado de Dembe Zuma, seu quarda-costas e faz tudo, representado por Hisham Tawfiq, Red acaba representando uma versão um pouco romantizada do vilão-herói, tão explorada na literatura e no cinema.
No Brasil, a série está na sexta temporada, nos EUA está sendo exibida a derradeira. O blog está na metade da sexta, as temporadas só melhoram. #ficaadica Reddington rules, vale a pena!



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