Muitos analistas, no calor da hora, têm escrito que o acidente com o Airbus da TAM em Congonhas é um fato político de conseqüências demolidoras para o governo Lula, que sairia arranhado do episódio ainda que a culpa pelo acidente seja da própria companhia aérea ou mesmo do piloto. Este blog não tem dúvidas de que uma tragédia deste porte afeta, sim, a popularidade do governo, mas avalia que as afirmações dos afoitos jornalistas e cientistas políticos não passam de chute. É possível que Congonhas vire um assunto das eleições municipais de 2008, mas nem isto é líquido e certo. A pauta de 2010 só Deus sabe qual será e se a crise aérea tiver sido solucionada até lá, é provável que ninguém toque no assunto. A mídia alinhada aos tucanos anda um tanto eufórica, mais até do que os líderes desses partidos. É do jogo, mas o resultado deste tipo de "campanha" pode ser o mesmo do gesto infeliz do assessor Marco Aurélio Garcia: se não tiverem cuidado, o feitiço vira contra o feiticeiro, pois o povo não é bobo e sabe distinguir a orquestração da imprensa contra o governante de plantão de um noticiário isento e correto.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
Luiz, vá no site do Eduardo Guimarães, que tem notícias fresquinhas sobre essa história do IPT.
ResponderExcluirLuiz, mais uma vez com razão... embora não seja exatamente um simpatizante do nosso presidente, não dá para sair dando tiros em direção ao Planalto toda vez que acontece uma calamidade. Vamos por partes!
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